Vitor Guedes – a fuck with Oliver Hunt and Jake Manson

Vitor Guedes construía coisas. Sua vida era feita de linhas retas, cálculos precisos e a solidez imponente do concreto. Como arquiteto de renome, ele moldava o horizonte da cidade, erguendo torres de aço e vidro que desafiavam as nuvens. Sua existência era ordenada, previsível e um tanto… vazia. Os apartamentos que projetava eram obras de arte, mas não tinham o calor de um lar.

Ele morava em um desses apartamentos, com uma vista deslumbrante para o parque da cidade. Foi lá, de sua varanda estéril, que ele começou a notar o pequeno mercado de flores que brotava aos sábados de manhã. E, em particular, ele notou *ela*.

Seu nome era Flora. Era simples assim, e tão perfeito quanto. Ela era a dona do “Jardim de Flora”, uma barraca pequena mas que explodia em cores e texturas. Vitor via as pessoas se aproximarem dela com caras cansadas e saírem com um novo brilho nos olhos, um pequeno buquê de alegria nas mãos.

Durante semanas, Vitor ficou observando. Não era apenas sua beleza suave, mas a maneira como ela conversava com as flores, arrangando-as com uma intimidade tocante. Um sábado, ele desceu.

A proximidade foi um choque. O ar ao redor dela cheirava a terra molhada, jasmim e algo mais, algo que ele não conseguia nomear. As linhas retas do seu mundo suddenly felt inadequate.

“Bom dia”, ele disse, sua voz soando estranhamente formal no meio daquela abundância caótica.

“Bom dia!”,
ela respondeu com um sorriso que fez o sol da manhã parecer fraco. “Precisa de alguma coisa para alegrar o seu dia?”

Vitor olhou para todas aquelas cores e sentiu uma pontada de pânico. Não havia um plano, um projeto a seguir.
“Na verdade… não sei. Algo que… dure.”