Fucked And Bred Underground – Alex Marte, Mateo Tomas

O ar salgado do início da noite envolvia a pequena praia, e Alex Marte sentia a areia ainda morna sob seus pés. Ele olhava o horizonte, onde o laranja do pôr do sol começava a se fundir com o roxo profundo, tentando encontrar a primeira estrela. Era um ritual seu, uma tentativa de encontrar um pouco de paz após dias agitados na galeria de arte que administrava.

Foi então que ouviu um som. Uma melodia triste e bela, carregada pelo vento suave. Era um saxofone. A música era fluida, como se fosse feita da própria brisa do mar. Intrigado, Alex seguiu o som.

Sob um pier de madeira desgastado pelo tempo, um homem estava sentado na beirada, os pés balançando sobre a água que refletia o céu em chamas. Seus olhos estavam fechados, e seus dedos dançavam sobre as chaves do instrumento com uma intimidade que só anos de prática poderiam proporcionar. Era Mateo Tomas.

Alex parou a uma distância respeitosa, não querendo interromper. Ele se permitiu ser envolvido pela música, que falava de saudade e de uma esperança quieta. Quando a última nota se dissipou no ar, pairando como o cheiro da maresia, Mateo abriu os olhos e os fixou diretamente em Alex.