Ruslan Angelo gets fucked by Marcelo Caiazzo

O estúdio de *ballet* da Companhia Municipal era um mundo de linhas retas, espelhos implacáveis e um silêncio que só era quebrado pelo som ritmado das sapatilhas no assoalho de madeira. **Ruslan Angelo** era a estrela principal, um dançarino cuja técnica era tão perfeita e impessoal que o criticavam por ser mais máquina que homem. Seus movimentos eram pura matemática, cada extensão um cálculo preciso, cada salto uma força controlada.

**Marcelo Caiazzo** era o novo coreógrafo residente, trazido para injetar “alma” na companhia. Brasileiro, seus movimentos eram fluídos, orgânicos, cheios de uma sensualidade terrena que desafiava a rigidez clássica. Ele dançava como quem respira, como quem faz amor com o espaço ao seu redor.

O primeiro ensaio foi um desastre.

“Angelo, isso é *pas de deux*, não uma disputa de ego! Você está carregando sua parceira como se fosse um saco de cimento!”, Marcelo interrompeu, sua voz um melange suave de sotaques.

Ruslan manteve a postura impecável, mas seus olhos cintilaram de fúria. “Eu sigo a técnica.”

“A técnica é a base, não a alma! Eu quero ver o conflito, a atração, a *vulnerabilidade*.”

A tensão entre eles era tão palpável quanto a umidade no ar. Ruslan via a abordagem de Marcelo como uma afronta a tudo que ele construiu. Marcelo via em Ruslan um diamante bruto, lindo e impenetrável, precisando ser lapidado pela emoção.

A virada aconteceu durante um ensaio noturno, longe dos olhos dos outros. Marcelo, frustrado, desligou a música clássica e pôs algo de Tom Jobim.

“Dança comigo”, desafiou Marcelo, estendendo a mão. “Não como um robô. Como um homem.”

Ruslan hesitou, então aceitou a mão. Sem a estrutura rígida do *ballet*, seus corpos se encontraram de uma nova forma. Era estranho, desengonçado, mas… real. Ruslan sentiu a mão de Marcelo em sua cintura, não como uma correção, mas como um convite.