Jack Angeli, Jimeno, and Nico Gerolf – a twink threesome by the Christmas tree

A taverna O Último Porto cheirava a sal, alcatrão rançoso e cerveja azeda. Era um antro para almas perdidas do mar, e naquela noite, três delas estavam prestes a cruzar seus destinos em um canto escuro, perto da lareira fumegante.
Jack Angeli não era um anjo, muito pelo contrário. O nome era uma piada cruel do destino ou de seus pais, já há muito esquecidos. Seus dedos, hábeis em deslizar por bolsos alheios e abrir fechaduras complexas, tamborilavam no balcão de madeira lascada. Seus olhos, cor de tempestade, escaneavam a sala sem parar. Ele procurava um alvo. Um alvo específico: um comerciante de especiarias do Leste, que supostamente carregava um mapa com a localização do Lamento da Sereia, um galeão espanhol naufragado carregado de ouro inca. Jack tinha metade do mapa, roubada em Cartagena. Precisava da outra metade.
Seu olhar se fixou em um homem no canto oposto. Jimeno. Ele não parecia um comerciante. Parecia um rochedo vestido de lã surrada. Espanhol, pela postura e pelo desdém no olhar. Mas não um nobre. Um soldado, talvez, ou um mercenário. Suas mãos, largas e marcadas, estavam firmemente plantadas em volta de um caneco de vinho tinto, como se protegessem algo. Um rolo de couro, amarrado com uma fita de veludo desbotado, sobressaía de seu coldre. A outra metade, pensou Jack. O plano era simples: embebedar, distrair, roubar.




