Domtopstallion pounds Sage Anson (Woodtwink) with his BBC

O último raio de sol do crepúsculo filtrou-se pelas fendas das tábuas do celeiro, iluminando partículas de poeira que dançavam como fagulhas de âmbar. O ar cheirava a feno seco, couro encerado e suor animal – um perfume sagrado para Domtopstallion.
Ele não era um simples garanhão. Era *o* garanhão. Um puro-sangue de porte majestoso, de pelagem castanha tão profunda que parecia maré-noite, e uma crina que caía como uma cascata de ébano. Seu nome era uma declaração, um título conquistado em cada pista de corrida, em cada competição de salto. Dom, como o tratador o chamava, era sinônimo de poder incontestável e graça feroz. Agora, no silêncio de sua baia espaçosa, ele rangia os dentes no cocho, um som de irritação profunda e aborrecimento real. A rotina estava quebrada.
Do lado de fora, no pátio de terra batida, um ruído diferente ecoava. Não era o ronco dos motores dos tratores, nem o falar grave dos tratadores. Era um som estalado, repetitivo, acompanhado pelo leve sussurro de alguém cantarolando.
Sage Anson, que todos no haras chamavam de Woodtwink por sua obsessão em entalhar animais em madeira, estava sentado em um banco baixo, sob a sombra de um carvalho centenário. Em suas mãos, protegidas por luvas de couro fino, um bloco de nogueira começava a ganhar vida. Seus dedos, longos e sensíveis, manejavam a goiva com uma precisão que era quase uma extensão de seu pensamento. Cabelos cor de palha escapavam de seu boné, e seus olhos, da cor de musgo, estavam absortos na forma que emergia da madeira. Ele esculpia um falcão, cada pena um milagre de paciência.
Domtopstallion observava através da grade da baia. Aquele humano magro e quieto era um enigma. Ele não trazia cenouras ou açúcar. Não vinha com a autoridade do treinador ou a rude familiaridade do tratador. Ele vinha, sentava-se e… ficava. E fazia a madeira cantar. Por dias, aquilo perturbou o ritual do campeão. Sua presença era uma interrogação no mundo ordenado de Dom.
Naquela tarde, algo dentro do garanhão estalou. A quietude de Sage, sua absoluta imersão em um mundo que Dom não podia ver nem cheirar, era um insulto à sua própria grandeza. Com um bufado forte, Dom empurrou o portão da baia (destravado, pois ele nunca tentara escapar) e caminhou com passos deliberados e sonoros em direção ao intruso.
Sage não fugiu. Parou de cantarolar, mas suas mãos não tremeram. Apenas pousou a goiva e olhou para o gigante que se aproximava, seu coração batendo rápido, mas seu corpo imóvel. Ele conhecia cavalos – não do jeito dos treinadores, mas da maneira de quem observa almas, não pedigrees.
Dom parou a poucos metros, sua massa imponente bloqueand




