Heath Halo and Rob Quin fuck around the house
Heath Halo tinha um segredo: ele era dois homens. De dia, Heath era o metódico restaurador do Arquivo Histórico da Filadélfia, dedicando-se a preservar documentos do século XVIII com dedicação quase religiosa. À noite, como Halo, ele era o DJ residente do clube subterrâneo ‘Elysium’, onde mixagens psicodélicas e batidas ancestrais fundiam-se em algo que os frequentadores chamavam de “música de outro tempo”. Dois mundos, duas identidades, um equilíbrio perfeito e solitário.
Rob Quin tinha apenas uma vida, mas ela era grande demais para caber em definições. Violinista folk por tradição familiar, produtor eletrônico por paixão, ele era uma contradição ambulante: um homem que carregava o violino do avô irlandês para festivais de música tradicional e, no mesmo fim de semana, manipulava sintetizadores modulares em raves na floresta. A crítica o chamava de “o pontista musical”, mas ele se sentia uma ponte para lugar nenhum, preso entre dois públicos que se estranhavam.
O destino usou um velho documento como fio condutor. Heath, em seu trabalho diurno, descobriu uma partitura peculiar nos arquivos de 1787: “The Liberty Lament”, uma melodia supostamente composta por um músico anônimo para aliviar a melancolia de Benjamin Franklin. A notação era comum, mas as anotações nas margens falavam de “harmônicos espectrais” e “ritmos do corpo que sintonizam com a terra” – conceitos estranhamente modernos.




