Cole Black fucks Angel Elias

O Parque Estadual da Montanha Silenciosa era o reino de Cole Black. Seus pés conheciam cada trilha secreta, suas mãos sabiam a textura de cada casca de árvore antiga, e sua presença calma era tão parte da paisagem quanto os pinheiros e os rochedos. Cole era um guarda-florestal, um protetor do mundo verde e respirante. Sua vida seguia o ritmo lento e poderoso das estações, do despertar da primavera ao sono profundo do inverno. Ele desconfiava do que vinha de fora, do barulho, da pressa, da luz artificial que apagava as estrelas.
Angel Elias chegou como um cometa – uma perturbação brilhante e inesperada. Ele era um astrônomo amador, ou, como ele mesmo se definia, um “observador de estrelas”. Veio para a montanha fugindo da poluição luminosa da cidade, carregando um telescópio que parecia uma extensão frágil de seu corpo magro. Ele acampava em clareiras proibidas, andava fora das trilhas demarcadas para encontrar o ângulo perfeito do céu, e sua luz de leitura vermelha brilhava como um vaga-lume imprudente na escuridão sagrada da floresta.
Cole o encontrou na primeira noite, sua lanterna forte cortando a penumbra roxa onde Angel montava seu equipamento.
“Cai fora. Acampamento só nas áreas designadas. E essa luz atrai animais.”
Angel nem pestanejou. “A luz é vermelha. É de espectro baixo. Não atrai. E eu preciso deste ângulo para captar a Nebulosa do Véu.”
“Precisa seguir as regras”, respondeu Cole, firme, a autoridade pesando em cada palavra.
Foi o início de uma guerra fria. Cole multava Angel por infrações pequenas. Angel, por sua vez, deixava mapas estelares impressos e coordenadas celestes escritas a caneta em pedaços de papel, pregados com fita nas placas de aviso do parque. Era um invasor, mas um invasor quieto, que deixava marcas de um universo diferente.




