Santos Levante and Thor fuck
A ferraria “Vulcano” era a única coisa que restava a Santos Levante de seu avô imigrante. O calor das brasas, o ritmo da bigorna e o cheiro de ferro e carvão eram seu mundo completo. Santos, de mãos calejadas e olhos que pareciam guardar o brilho do aço em brasa, forjava portões, grades e esculturas que contavam histórias de uma Espanha que ele nunca viu, mas que sentia no sangue. Sua vida era de fogo e suor, mas também de uma solidão silenciosa como o metal resfriado.
Tudo mudou na noite em que o trovão caiu no telhado.
Foi durante a pior tempestade do inverno. Um estrondo abalou a oficina, seguido por um clarão que iluminou o céu noturno em tons púrpura. Santos correu para o fundo da oficina e encontrou, não um raio, mas um homem. Alto como um carvalho, com cabelos loiros como espigas de trigo queimado pelo sol e olhos de um azul tempestuoso. Ele vestia roupas simples, mas encharcadas, e segurava um martelo enorme e primitivo, entalhado com runas. Ele apresentou-se como Thor.
“Não é o que você está pensando”, disse o forasteiro, sua voz um eco profundo que fazia vibrar os vidros das janelas. “Mas… quase.”




