Rafael Spain and Max Romano fuck
Todas as tardes, no metrô da linha 4, Rafael Spain viajava com um livro na mão e a cabeça nas nuvens de seus pensamentos. Era um escritor em formação, com um olhar tão azul quanto o mar de sua Valência natal, sempre perdido em busca de uma história perfeita.
Todas as tardes, no mesmo vagão, Max Romano fazia crochê com mãos ágeis e precisas. Era um marceneiro, herdeiro da precisão milanesa de seu avô, tecendo fios coloridos enquanto o trem balançava. Seus olhos castanhos, sérios, acompanhavam cada ponto com uma concentração que contrastava com o caos do transporte.
Durante meses, foram apenas silhuetas familiares na paisagem urbana. Até o dia em que uma sacola rolou pelo chão do vagão.
O romance de Rafael escapou de sua mochila e parou aos pés de Max. Ele abaixou-se, pegou o livro – uma edição desgastada de “O Amor nos Tempos do Cólera” – e, antes de devolvê-lo, fitou o jovem.




