Max Konnor (xltop2) fucks CurlyBoy (Francisco Hdz)
O sol da tarde batia nos prédios de Neo-São Paulo, tingindo o asfalto da pista de corrida ilegal de tons alaranjados e roxos. No meio do burburinho de motores tunados e apostas sussurradas, dois pilotos se encaravam de longe.
De um lado, Max Konnor, conhecido nas ruas como Xltop2. Seu carro era uma obra de arte mecânica: um sedan antigo, modificado com peças de última geração, pintado com um grafite digital que parecia pulsar. Max era cálculo e precisão. Cada curva, cada aceleração era um algoritmo executado perfeitamente. Ele vencia não por paixão, mas por código. Sua fama era incontestável.
Do outro lado, Francisco Hdz, chamado por todos de CurlyBoy. Seus cabelos cacheados escapavam do capacete. Seu carro era um quebra-galho barulhento, cheio de adesivos e remendos, mas com uma alma de fera. O que faltava em tecnologia, sobrava em intuição. CurlyBoy sentia a estrada, lia os ventos, dançava com o perigo. Ele era o underdog querido, o espírito livre que desafiava a lógica.
A rota da noite era a temida “Serpente de Concreto”, um caminho sinuoso pelas estradas abandonadas do antigo aeroporto. A aposta era alta: o título informal de Rei das Ruas e os códigos de acesso aos blueprints das modificações turbo que Max possuía.
A multidão vibrava quando os motores rugiram. Xltop2 saiu na frente, sua máquina respondendo com eficiência cirúrgica. Cada reta era dominada por ele, sua vantagem crescia. Parecia mais uma demonstração de superioridade do que uma corrida.
Mas CurlyBoy não desistia. Na primeira curva fechada, ele fez o improvável: freou um milissegundo depois, deslizando de forma quase grotesca, mas recuperando o controle de um jeito que fez a plateia gritar. Foi o primeiro sinal.




