Derek Kage barebacks Trevor Brooks

O vento soprava frio nas ruas de Nova York, mas Derek Kage não o sentia. Enfiado em seu apartamento minimalista, com vista para os telhados da cidade, ele encarava a tela em branco. Era um escritor de sucesso, um mestre em criar finais felizes para personagens fictícios, enquanto sua própria vida parecia uma página não escrita.
Trevor Brooks era o oposto. Sua vida era uma explosão de cores e sons. Dono de uma pequena floricultura no East Village, suas mãos, calejadas e cheias de terra, criavam beleza onde quer que tocassem. Ele acreditava que cada flor contava uma história, e sua missão era entregá-las às pessoas certas.
O destino, como um romancista preguiçoso, usou o clichê mais antigo do livro. Um dia chuvoso de outubro, Derek, distraído com os diálogos inexistentes de seu novo personagem, entrou correndo na floricultura de Trevor para se abrigar da chuva. Ele quase derrubou um vaso de orquídeas, mas um par de mãos firmes o segurou pelo braço.
“Cuidado, elas são temperamentais”, disse Trevor, com um sorriso que não combinava com o dia cinza.
Derek olhou para as mãos que o seguravam, depois para o rosto do dono delas. Havia terra sob as unhas de Trevor, e seus olhos verdes lembravam as folhas de hera que trepavam pela parede. Derek, acostumado a palavras, ficou mudo.




