AmadorBoqueteEntretenimentoFamosos NusHéteroNudesSoloboys

Yanni Nicolau blowjob and jerk compilation

O silêncio da livraria era quebrado apenas pelo leve sussurro das páginas sendo viradas. Era o som que Elisa mais amava, um som que prometia mundos inteiros escondidos entre capas de papel. Ela arrumava os livros nas prateleiras com um cuidado meticuloso, como quem acalenta sonhos alheios.

Foi então que a campainha da porta tilintou, anunciando um novo cliente. Ele não parecia um habitual. Enquanto a maioria vinha em busca de best-sellers ou livros de autoajuda, ele percorria as estantes com um olhar específico, quase arqueológico. Usava uma jaqueta de couro desgastada e carregava consigo o cheiro fresco do ar da rua misturado com uma nota sutil de café.

Elisa o observou discretamente enquanto ele se aproximava da seção de poesia. Suas mãos, marcadas por pequenas cicatrizes, passavam pelas lombadas com uma reverência que ela raramente via.

— Posso ajudá-lo a encontrar algo? — ela perguntou, aproximando-se.

Ele se virou, e Elisa viu que seus olhos eram da cor do âmbar, quentes e profundos.

— Estou procurando por Rilke. “Cartas a um Jovem Poeta”. É para um presente.

A voz dele era suave, mas tinha uma ressonância que preenchia o espaço quieto entre eles.

— É um presente lindo — ela disse, encontrando o livro na prateleira de cima. — Para alguém especial?

— Para minha irmã. Ela vai começar a faculdade de Letras. Acho que todo jovem artista precisa de um pouco de Rilke na vida, não acha?

Elisa concordou com a cabeça, sentindo uma pontada de curiosidade. Enquanto ela passava o livro no caixa, ele viu seu crachá.

— Yanni — ela leu em voz baixa. — Nome diferente.

— Grego — ele explicou com um sorriso tímido. — Yanni Nicolau.

— Eu sou Elisa.

— Prazer, Elisa.

Naquela semana, Yanni voltou. Desta vez, não foi por Rilke, mas por um livro de contos de Tchekhov. E na semana seguinte, por uma biografia de Frida Kahlo. As visitas tornaram-se um ritual. Ele sempre tinha uma razão específica para cada livro, e Elisa sempre tinha uma recomendação pronta. Suas conversas, que começavam sobre literatura, logo se espalhavam como manchas de tinta, abrangendo música, filmes, e as pequenas tragédias e maravilhas da vida cotidiana.

Elisa descobriu que Yanni era marceneiro. As cicatrizes em suas mãos eram testemunhas de um ofício que ele aprendera com o avô. Ele não lia apenas sobre mundos imaginários; ele construía móveis que contavam histórias, com veios da madeira que ele diziam ser como as linhas de um poema.

Uma tarde de outono, com a chuva batendo suavemente contra a vitrine da livraria, Yanni apareceu sem pedir um livro. Trazia consigo apenas um pequeno objeto embrulhado em papel pardo.

— Para você — disse ele, colocando-o sobre o balcão.

Elisa desembrulhou o pacote com cuidado. Era um marcador de livro, mas como nenhum outro que ela já tinha visto. Feito de finas lascas de cerejeira e nogueira, formando uma delicada paisagem de uma árvore sob um céu estrelado. A obra era tão minuciosa, tão cheia de amor, que ela ficou sem palavras.

— Eu… não sei o que dizer. É a coisa mais linda que já ganhei.

— Fiz pensando em você — Yanni confessou, seus olhos âmbar fixos nela. — Pensei que toda história que você ler daqui para frente merece um marcador que seja, ele mesmo, uma pequena história.

Naquele momento, sob a luz suave e amarelada da livraria, com o som da chuva como trilha sonora, Elisa entendeu. O amor de Yanni não era declamado em versos altos ou gestos dramáticos. Era construído, camada por camada, como se fosse madeira. Era sólido, quente ao toque e feito para durar.

Ela pegou sua mão, sentindo as texturas ásperas e suaves das cicatrizes e calos, e sorriu.

— Obrigada, Yanni.

E ele, segurando sua mão de volta, soube que tinha entregue a ela a primeira página de uma nova história — a deles.

Vídeos relecionados

Botão Voltar ao topo

BRASILEIROS FUDENDO 🔥

X