Boe gets Blessed – Boe Jack Ryan and Blessed Boy fuck

O vento soprava frio nas ruas de Dublin, mas dentro do *The Rusty Fiddle*, o ar estava quente e carregado do cheiro de cerveja stout e do som de violões. Foi ali que Blessed Boy, com seus dedos ágeis e uma voz que parecia acariciar a alma, se apresentava.

Ele cantava uma balada triste quando a porta se abriu. A luz da rua projetou uma silhueta longa no chão de madeira: era Boe Jack Ryan. Ele não era um homem de muitos sorrisos; seus olhos carregavam o peso do mar, de anos trabalhando em navios cargueiros. Mas naquela noite, algo o puxou para dentro daquele pub.

Boe Jack encontrou um canto escuro, longe do palco improvisado, e observou. Ele não via apenas um cantor; via um rapaz com olhos que brilhavam com uma chama suave, uma serenidade que ele, Jack, nunca possuíra. Cada nota que Blessed Boy cantava parecia costurar lentamente uma ferida antiga no peito de Jack.

A música parou. O público aplaudiu, mas Blessed Boy, ao agradecer, sentiu um olhar pesado vindo do canto escuro. Seus olhos encontraram os de Boe Jack. E foi como um choque silencioso. O mundo barulhento do pub pareceu sumir por um instante. Blessed Boy viu no olhar daquele estranho uma tempestade contida, uma solidão que ecoava a sua própria.

Nos dias que se seguiram, Boe Jack Ryan voltou todas as noites. Não dizia uma palavra, apenas sentava, pedia uma cerveja e ouvia. Até que uma noite, após o show, ele se aproximou.

“Sua voz…”, a voz de Jack era áspera, como pedras sendo arrastadas pela maré. “Sua voz acalma o mar dentro de mim.”