Ray Diesel Dominates Aussie Shane Thomas

O rugido dos motores era a trilha sonora da vida de Ray Diesel. Dono de uma oficina mecânica especializada em carros antigos, ele era mais comfortável conversando com carburadores do que com pessoas. Suas mãos, sempre marcadas com graxa, entendiam a linguagem do aço e da gasolina. Sua vida era um negócio solitário, cheio de ferramentas e silêncio, na poeirenta periferia de uma grande cidade.

Até que um caminhão de mudanças, com suas placas estrangeiras, parou em frente à casa vazia ao lado. E de dentro dele, desceu Aussie Shane Thomas.

Shane era o oposto do mundo em preto e branco de Ray. Usava shorts em um dia frio, chamava todo mundo de “mate” e carregava uma energia solar que parecia iluminar a rua cinzenta. Ele era um surfista e salva-vidas em licença, explorando o país antes de voltar para as praias de Bondi.

O primeiro encontro foi sobre um fusca 71.
“Oi, mate! Acho que o meu ‘Kombi’ australiana decidiu que não gosta do seu clima”, Shane anunciou, entrando na oficina com um sorriso que deveria ser ilegal. “Faz um barulho engraçado, tipo um canguru com soluço.”