Roxas Caelum fucks Matthew Ellis (atasteofmatt) – 3

O observatório da cidade era o refúgio de **Roxas Caelum**. Enquanto a cidade brilhava abaixo, ofuscando as estrelas, ele cuidava dos telescópios e passava as noites mapeando constelações que a maioria das pessoas havia esquecido. Seu mundo era de silêncio cósmico, distâncias impossíveis e a fria beleza da matemática celeste. Ele era solitário por natureza e por escolha, preferindo a companhia de gigantes gasosos a conversas triviais.
**Matthew Ellis** era tudo, menos trivial. Um jornalista de um site de cultura pop, ele invadiu o observatório uma noite, com uma enxurrada de perguntas para uma matéria sobre poluição luminosa. Ele usava um moletom de um filme de ficção científica dos anos 80 e carregava um tablet cheio de notas coloridas. Sua energia era terrena, imediata e um pouco barulhenta.
“Então, basicamente, a cidade está nos roubando as estrelas?”, Matthew perguntou, seus olhos brilhando com a descoberta, não com tristeza.
Roxas ficou intrigado com aquela perspectiva. “Não é um roubo. É um… esquecimento.”
“Pior!”, Matthew exclamou. “Roubo é dramático. Esquecimento é triste. Minha matéria precisa de drama.”
Roxas quase sorriu. Quase. Ele mostrou a Matthew o telescópio principal, explicando com termos técnicos e um tom monocórdico. Matthew, em vez de anotar, ficou em silêncio, olhando para Saturno através da lente.
“Caramba”, ele sussurrou, sua voz pela primeira vez perdendo a pressa. “É real. Parece… pequeno e enorme ao mesmo tempo.”
Aquela reverência inesperada tocou algo em Roxas. Ele passou a noite mostrando a Matthew não apenas os pontos turísticos do céu, mas suas joias secretas: uma estrela dupla, uma nebulosa distante. Matthew, por sua vez, contou as histórias que a humanidade havia tecido em torno desses mesmos pontos de luz – os deuses, os heróis, os monstros.
Eles eram dois tradutores: um do universo para a linguagem exata, outro do universo para a linguagem do coração humano.