AmadorBarebackVídeos Gays

Zayne Bright – a twink fuck session in the back of the car

O silêncio da livraria “O Velho Carvalho” era quebrado apenas pelo leve sussurro das páginas sendo viradas. Era um mundo de papel e tinta, de histórias encadernadas e cheiro de poeira antiga, e Zayne Bright era seu guardião solitário.

Zayne organizava os livros por cor do arco-íris, um sistema que seus raros clientes odiavam, mas que ele defendia com unhas e dentes. “A vida já é muito por gênero e alfabeto”, ele pensava. “Precisa de mais cor.”

Foi em uma tarde chuvosa de terça-feira que ela entrou. Um turbante azul-celeste envolvia seus cachos, e pingos de chuva escorriam pelo seu casaco amarelo-mostarda como lágrimas de inverno. Ela parecia uma personagem que escapou de um livro ilustrado.

Zayne, encurralado atrás do balcão, sentiu o ar faltar. Ele conhecia todos os romances de amor já escritos, mas nenhum o preparou para aquela visão.

Ela vagueou pelas estantes, um leve franzir na testa. “Desculpe,” sua voz era suave como o sussurro das próprias páginas. “Estou procurando por algo… que não sei o nome. Algo sobre estrelas cadentes e a sensação de se perder em uma cidade desconhecida.”

Zayne, geralmente um poço de recomendações literárias, ficou mudo. Seu cérebro, usualmente um índice completo, travou. Tudo o que conseguiu dizer foi: “É organizado por cor.”

Seus olhos se encontraram com os dele, e um sorriso lento iluminou seu rosto. “Perfeito.”

Ela não encontrou o livro que procurava. Mas naquela semana, ela voltou. E na outra também. Suas perguntas eram sempre impossíveis: um livro que cheirava a mar, outro que sabia a pimenta-do-reino e promessas quebradas, um que soava como a primeira nota de uma música de jazz.

Zayne, cada vez mais encantado, falhava miseravelmente em encontrar os livros. Mas, inexplicavelmente, começou a encontrá-la. Ele descobria que ela era ilustradora, que amava chá de gengibre e que colecionava pedras lisas que encontrava na calçada.

O amor por Zayne não chegou como um furacão, mas como a virada tranquila de uma página. Chegou quando ele percebeu que reservava o canto mais ensolarado da livraria para ela, que aprendera a fazer seu chá de gengibre exatamente do jeito que ela gostava e que suas perguntas impossíveis eram o highlight de sua semana.

Um dia, após ela fazer seu pedido mais surreal até então – “um livro que tenha a sensação de que tudo vai ficar bem, mesmo quando não ficar” – Zayne, com as mãos trêmulas, entregou-lhe não um livro, mas um caderno de croqui, fino e simples.

Ela abriu. Nas primeiras páginas, esboços a lápis contavam uma história familiar: uma livraria, um homem atrás de um balcão, uma mulher de turbante. Eram cenas dos últimos meses. A página final não tinha desenho, apenas uma frase, escrita na caligrafia cuidadosa de Zayne:

“Não encontrei o livro que você procura. Então, decidi que podemos escrever o nosso juntos. Se você quiser.”

Ela olhou para cima, seus olhos brillhando como as estrelas cadentes sobre as quais sempre perguntava. “Acho que essa é a melhor recomendação literária que já recebi.”

Zayne sorriu, finalmente entendendo. Ele passou a vida inteira cercado por finais de amor escritos por outras pessoas. Seu próprio romance, ele percebeu, não estava em uma prateleira. Estava apenas começando, e a primeira página era tão doce e cheia de promessa quanto o cheiro de um livro novo.

Vídeos relecionados

Botão Voltar ao topo