Zayn Dom and his fit friend flip fuck
O metrô de Londres às 18h era um inferno de pressa e suor. Ela, Elara, se agarrava ao polo de metal, tentando ignorar o cheiro de café e terno molhado. Seus dias eram uma sequência previsível: acordar, trabalhar como tradutora de textos jurídicos, voltar para casa. Segurança. Tédio.
Tudo mudou na estação de Tottenham Court Road.
Um empurrão mais forte a fez tropeçar e seu precioso kindle voou de suas mãos, deslizando pelo chão sujo e caindo nos degraus de saída do vagão.
“Merda!”, ela exclamou, seu coração afundando.
Um par de mãos rápidas pegou o dispositivo antes que a porta se fechasse. As mãos pertenciam a um homem com olhos da cor do âmbar e uma pequena tatuagem de uma chave musical no pulso. Ele estendeu o kindle para ela com um sorriso torto.
“Parece que você quase perdeu sua janela para outros mundos”, ele disse, sua voz um rascunho suave contra o ruído do metrô.
“Obrigada”, ela respondeu, corando. “São todos os mundos que tenho no momento.”
“Zayn”, ele apresentou-se, ainda segurando o kindle, seus dedos quase tocando os dela. “Zayn Dom.”
“Elara.”
Ele não soltou o kindle. “Elara. Como a lua de Júpiter? A cheia de gelo e mistério?”
Ela ficou surpresa. Ninguém jamais tinha capturado a origem de seu nome tão rapidamente. “Isso mesmo.”
As portas do metrô apitaram, sinalizando que fechariam. Zayn Dom, em vez de sair, deu um passo para dentro do vagão, deixando a multidão fluir ao seu redor.
“O que você está fazendo?”, ela perguntou, confusa. “Sua estação…”
“Parecia mais interessante descobrir que mistérios uma lua de gelo está lendo”, ele encolheu os ombros, seu sorriso se aprofundando.
Zayn Dom era um restaurador de pianos antigos. Ele explicou que passava seus dias trazendo de volta à vida vozes que haviam sido silenciadas pelo tempo. Suas mãos, ela notou, eram fortes, mas incrivelmente gentis. Ele era o oposto de sua vida contida: cheio de histórias improvisadas, risadas fáceis e uma paixão contagiante pela beleza em coisas quebradas.
Ele desceu com ela em sua estação, caminhando até a porta de seu prédio.
“Foi um risco”, Elara admitiu, parando na frente de sua porta. “Pular o metrô por uma estranha.”
“O maior concerto que já restaurei foi um piano que estava carbonizado em um incêndio”, ele disse, seu olhar sério. “Levei um ano para ouvir sua verdadeira voz novamente. Aprendi que algumas coisas valem o risco. E alguns encontros… eles simplesmente ressoam.”
Ele não pediu seu número. Em vez disso, tirou um pedaço de papel de uma caderneta e escreveu algo, entregando a ela.
“Meu estúdio. Fica acima de um café de esquina. Se um dia você quiser ouvir um piano que sobreviveu a um incêndio… a porta estará aberta.”
Ele virou-se e foi embora, deixando Elara com o coração batendo forte e um pedaço de papel na mão. Naquela noite, em seu apartamento silencioso, ela olhou para o kindle, mas não conseguiu se concentrar nas palavras. Todas as histórias pareciam palidas em comparação com a possibilidade de uma que estava apenas começando.
Ela percebeu que Zayn Dom não estava tentando consertá-la, porque ela não estava quebrada. Ele estava simplesmente convidando-a para fazer parte de sua sinfonia. E pela primeira vez em muito tempo, Elara quis cantar.




