AmadorBarebackBoqueteVídeos Gays

XJonKuch fucks Marcos Takehiko

O mundo de **XJonKuch** existia dentro de uma tela curva, iluminado pelo brilho azulado de três monitores. Seu quarto era um labirinto de placas de circuito, latas de energia vazias e o zumbido constante de ventoinhas de computador. Ele era um *speedrunner*, um mago digital que dedicava sua vida a encontrar falhas em códigos antigos, a domar jogos clássicos e quebrá-los, completando-os em tempos que pareciam impossíveis. Sua fama era um pseudônimo e uma sequência de números em placares online. Sua vida real era um apêndice pouco cuidado dessa existência.

Do outro lado da parede fina, vivia **Marcos Takehiko**. Seu espaço era o oposto: organizado, iluminado por uma lâmpada de papel de arroz, com o cheiro suave de incenso de sândalo. Ele era um artesão de *kintsugi*, a arte japonesa de reparar cerâmicas quebradas com laca misturada com pó de ouro. Suas mãos, cuidadosas e estáveis, passavam horas unindo fragmentos, transformando rachaduras em redes de relâmpagos dourados. Seu mundo era sobre paciência, respeito pela história do objeto e a beleza da imperfeição restaurada.

O único som que Marcos ouvia de XJonKuch eram os cliques frenéticos de um teclado mecânico, explosões pixeladas de jogos dos anos 90 e, às vezes, um grito abafado de frustração ou um triunfo solitário. Para XJonKuch, a existência de Marcos era marcada por longos períodos de silêncio absoluto, pontuados pelo som suave de uma lixa na cerâmica ou pelo rádio sintonizado em uma estação clássica de baixo volume.

O conflito começou com um fusível. O computador monstro de XJonKuch, em meio a uma tentativa crítica de quebrar um recorde, puxou tanta energia que derrubou a energia do apartamento inteiro. No escuro, o grito de raiva de XJonKuch ecoou pelo corredor.

Minutos depois, uma batida suave em sua porta. XJonKuch abriu, irritado, ainda vendo fantasmas de pixels na visão. Marcos estava lá, segurando uma luminária de LED à bateria, que lançava uma luz quente e suave. Ele estava com uma tigela de cerâmica nas mãos, rachada em vários pedaços, mas já parcialmente unida por linhas douradas.

“A energia volta em uma hora”, disse Marcos, sua voz era calma, um antídoto para a estática da frustração de Jon. “Você quer luz?”

XJonKuch, cujo nome real era Jon, ficou sem palavras. Ele esperava um vizinho bravo, não… aquilo. “Eu… desculpa. O PC é um monstro.”

“Dá para ver”, Marcos disse, um quase-sorriso nos lábios. “Você conserta mundos quebrados dentro da máquina, não é?” Ele ergueu levemente a tigela. “Eu faço o mesmo, só que aqui fora.”

Foi a primeira conexão. Uma trégua curiosa.

Jon começou a perceber os sons do apartamento ao lado. A paciência do silêncio de Marcos começou a infiltrar-se em sua própria ansiedade. Um dia, depois de falhar por milésima vez no mesmo salto impossível de um jogo, ele bateu levemente na parede compartilhada – não por raiva, mas por uma espécie de saudação cansada.

Do outro lado, após um momento, voltaram três batidas suaves e deliberadas. *Toc. Toc. Toc.*

Era um código. Um reconhecimento.

A ponte definitiva foi construída com um controle de videogame. Um controle clássico, raro, que Jon usava para seus *runs*. Ele o deixou cair num momento de distração, e o plástico velho rachou. Foi uma pequena morte. Aquele controle tinha a memória muscular de suas conquistas.

Lembrando-se das linhas douradas, Jon, com uma timidez que ele não sentia desde a adolescência, bateu à porta de Marcos. Mostrou o controle quebrado.

“Você… acha que dá jeito?”

Marcos examinou os danos, seus dedos finos tocando as rachaduras com reverência. “Não com cola comum. Vai ficar marcado. Mas…”, ele olhou para Jon, “podemos fazer com que as marcas contem uma nova história. A história de como ele foi importante o bastante para ser consertado.”

Nas noites seguintes, Jon sentava-se no chão impecável do ateliê de Marcos, assistindo enquanto as habilidades mágicas dele transformavam o controle. Enquanto a laca secava, eles conversavam. Jon falava sobre a solidão dos placares online, da pressão por ser o mais rápido, do vazio após bater um recorde. Marcos falava sobre a pressão familiar, sobre carregar um nome e uma tradição que às vezes pesavam como pedra, sobre a beleza melancólica de dedicar sua vida a coisas que outras pessoas consideravam lixo.

Vídeos relecionados

Botão Voltar ao topo

BRASILEIROS FUDENDO 🔥

X