Xavi Aragon and Dato Foland fuck

O vento soprava frio pelas ruas de pedra de Barcelona, mas Xavi Aragon não o sentia. Dentro dele, queimava uma chama insistente, alimentada pela imagem de um homem de sorriso fácil e olhos que corriam atrás de belas imagens. Dato Foland. Um nome estrangeiro, melódico, que soava como uma canção que Xavi desejava aprender a cantar.
Eles se encontraram por acaso, ou talvez pelo designo caprichoso do destino, em uma exposição de fotografia no Born. Xavi, um arquiteto local com raízes profundas na cidade, estava admirando uma série sobre a solidão urbana quando notou um homem tentando angulosamente capturar a luz que refletia em uma das molduras. Era Dato, um fotógrafo georgiano de passagem, perdido não na cidade, mas na beleza que ela escondia em seus cantos.
— A luz é melhor pela manhã — disse Xavi, aproximando-se. — Ela entra por aquela claraboia e beija tudo, sem pressa.
Dato baixou a câmera, surpreso, e então sorriu. Seus olhos claros crivaram Xavi de uma curiosidade instantânea.
— Você não é apenas um observador. Você é um estudioso da luz.
— Eu estudo como contê-la, não como capturá-la. Sou arquiteto. Xavi Aragon.
— Dato Foland. E acho que nossas profissões são primas distantes. Ambas lidam com espaço, luz e a emoção que elas provocam.