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Working out and flexing nude – Brock Magnus (BrockMuscle)

O som dos pesos de aço se chocando ecoava pelo ginásio vazio, já passava das dez da noite. Brock Magnus, conhecido como “BrockMuscle” nas redes sociais, terminava seu último supino. Seus músculos queimavam de uma forma quase terapêutica. Para seus seguidores, ele era um monumento à força, um homem esculpido em granito. Mas para ele mesmo, a academia era um refúgio, um lugar onde podia silenciar o mundo exterior e as expectativas que o acompanhavam.

Ele estava guardando os halteres quando a porta do ginásio se abriu. Era Elara, a nova bibliotecária da cidade. Pequena, com óculos de aro fino e um cachecol vermelho mesmo dentro do ambiente aquecido, ela parecia um pássaro exótico em um habitat de ferro e suor.

“Desculpe”, ela disse, sua voz suave quase se perdendo no vasto espaço. “Deixei meu livro aqui mais cedo. Acho que estava na esteira número três.”

Brock acenou com a cabeça, um pouco surpreso. Ele a tinha visto antes, sempre imersa em livros grossos, completamente alheia aos olhares ao seu redor. Enquanto ela procurava, ele não conseguia desviar os olhos do contraste entre sua forma poderosa e sua fragilidade delicada.

“É este?” ele perguntou, pegando um volume de capa dura que estava debaixo de um banco. “Os Cem Anos de Solidão”.

“Exatamente!” Seus olhos iluminaram-se atrás das lentes. “Obrigada. Você… você é o Brock, certo? O BrockMuscle?”

Ele revirou os olhos internamente, esperando o comentário habitual sobre seu físico. “Sim, esse sou eu.”

Para sua surpresa, ela simplesmente sorriu. “Eu te sigo. Suas legendas são sempre muito filosóficas para um perfil de musculação. Gosto disso.”

Ela pegou o livro, seus dedos finos passando perto da sua mão calejada. Foi um toque fugaz, mas elétrico.

Na noite seguinte, Elara estava lá de novo, não para procurar algo, mas sentada na mesma esteira, lendo. Brock tentou se concentrar em seu treino, mas sua mente estava dividida. Finalmente, ele se aproximou.

“Precisa de um personal trainer?” ele brincou, surpreso com sua própria ousadia.

Ela olhou para cima, um sorriso maroto nos lábios. “Precisa de uma recomendação de livro?”

Era a primeira vez que alguém lhe respondia com uma pergunta em vez de um elogio ou um pedido de conselho físico. Brock riu, um som grave e genuíno que raramente usava.

Assim começou o seu ritual. Todas as noites, depois que o ginásio esvaziava, Elara aparecia com um livro e Brock aparecia com seus pesos. Eles conversavam durante os intervalos dele. Ela falava sobre magia real em histórias de fantasia e ele falava sobre a magia de superar seus próprios limites. Ele, que era admirado por milhares por sua força, sentia-se incrivelmente forte quando ela descrevia a sensação de se perder em um bom livro. E ela, que vivia em mundos de ideias, sentia-se ancorada pela presença sólida e tranquila dele.

Uma noite, durante uma tempestade que cortou a energia da cidade, eles ficaram no ginásio às escuras, sentados no chão, compartilhando uma barra de proteína que Brock tinha na mochila.

“Todo mundo te vê como uma estátua grega”, Elara disse, sua voz um sussurro no escuro. “Mas eu vejo outras coisas.”

“O que você vê?” ele perguntou, sua voz mais suave do que nunca.

“Vejo a disciplina que é necessária para construir algo assim. Vejo a gentileza com que você arruma os pesos que os outros deixam para trás. Vejo um homem que fica até tarde na academia, não por vanity, mas porque busca algo.”

Brock sentiu um nó na garganta. Ninguém tinha jamais visto tanto. As luzes piscaram e voltaram, iluminando o rosto dela, que estava mais perto do que ele imaginava. Sem pensar, ele ergueu a mão e moveu um fio de cabelo do rosto dela, seus dedos enormes e fortes movendo-se com uma delicadeza que ele nem sabia que possuía.

“E eu”, ele sussurrou, “vejo a pessoa mais forte que já conheci. Você carrega mundos inteiros dentro da sua mente e não tem medo de mostrá-los.”

Elara colocou sua mão pequena sobre a dele, que ainda estava em seu rosto. A diferença era absurda – sua mão poderia envolver a dela completamente – mas o encaixe era perfeito.

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