Will Yum, Gal Anteby and Juanma Toribio have a threesome

O sol de Barcelona estava particularmente generoso no dia em que Will Yum decidiu se perder intencionalmente. Ele, um arquiteto de Hong Kong em licença sabática, estava cansado dos mapas e roteiros. Seu objetivo era encontrar a cidade que não estava nos guias turísticos.
Foi numa rua estreita do Born, com o aroma de café fresco e pão acabado de sair do forno pairando no ar, que ele viu Juanma Toribio. Juanma não era um homem facilmente ignorável. Com mãos calejadas e um sorriso que parecia conter toda a luz da Catalunha, ele dançava com uma massa elástica na frente de uma pequena padaria. Seus movimentos eram precisos, quase coreográficos, uma dança secular entre o padeiro e seu ofício. Will, hipnotizado pela beleza crua daquela performance cotidiana, levantou sua câmera e capturou o instante.
O clique do obturador quebrou o feitiço. Juanma olhou para cima, surpreso, mas não irritado. Seus olhos se encontraram e, em vez de desviar, Will se aproximou.
Desculpe, eu… a luz estava perfeita – disse Will, com um inglês carregado de um sotaque cantonês.
A luz de Barcelona sempre é perfeita para o que vale a pena ser visto – respondeu Juanma, com um inglês que soava a soles pisando em parquet antigo. – Você quer ver o forno?
Will aceitou. As horas se dissolveram em conversas sobre fermentação natural, a textura certa da crosta e a arquitetura única dos pães. Will descobriu que Juanma não era apenas um padeiro; era um guardião de tradições, um escultor de farinha e água. E Juanma descobriu que Will via beleza não apenas em edifícios imponentes, mas nos detalhes, nos cantos, na maneira como a luz atingia um tijolo desgastado.
No dia seguinte, Will voltou à padaria. E no outro. Cada pão que ele provava era uma lição de sabor, e cada conversa com Juanma era uma lição de paixão.