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Virgil Avedon, Bobby Kanne, and Kyle Brady have a threesome

A cidade de Nova Iorque fervilhava sob um calor abafado de julho, mas dentro do estúdio da Rua Hazel, o ar era fresco e carregado do cheiro acre de tinta spray, óleo de linhaça e pó de mármore. O espaço era uma caverna de criação dividida por uma cortina de lona gasta.

De um lado, reinava Virgil Avedon. Seu reino era a ordem: cavaletes meticulosamente alinhados, pincéis lavados e organizados por número, telas brancas que aguardavam, com paciência monástica, a aplicação de suas paisagens abstratas e sombrias. Virgil era alto, esguio, com cabelo preto preso num rabo de cavalo baixo e olhos cinzentos que parecia escanear o mundo em busca de falhas na composição. Seu silêncio era uma parede.

Do outro lado da cortina, o caos se chamava Bobby Kanne. Seu domínio era um festival de cores gritantes, latas de spray vazias, stencils cortados de forma irregular colados nas paredes, e um mural em constante evolução que retratava um cartum apocalíptico e hilário da cidade. Bobby era energia pura: cabelo vermelho-alaranjado como fogo, coberto por um boné desgastado, mãos sempre manchadas, sorriso rápido e faltando um dente canino. Ele falava com as mãos, com a música alta do seu fone de ouvido, com o rangido da lata de spray.

Eles eram opostos magnéticos que se repeliam com força visível. Virgil via o trabalho de Bobby como “grafite barulhenta”. Bobby chamava as telas de Virgil de “enfaixamento de feridas elegante, mas sem sangue”. Dividiam o aluguel, mas a cortina de lona era a fronteira de uma guerra fria.

Tudo mudou na noite em que Kyle Brady apareceu.

Kyle era o novo entregador da mercearia orgânica da esquina. Chegou carregando duas sacolas pesadas: uma para o “senhor Avedon” (kombucha, pão de fermentação natural, tofu) e outra para “Bobby K.” (bacon, café enlatado, uma quantidade suspeita de barras de chocolate). Ele parou no meio do estúdio, equilibrando as sacolas, e olhou para a cortina, depois para os dois mundos separados.

Ele era solidez. Cabelo curto castanho, olhos verdes sérios, ombros largos sob a camisa do uniforme. Mas havia uma suavidade em seu rosto, uma paciência no modo como aguardava.

“Então… onde ponho isso?” Sua voz era calma, um baixo suave que pareceu abafar a música de Bobby e o silêncio de Virgil ao mesmo tempo.

Bobby puxou o fone. “Aqui, herói! Salva-vidas do bacon!” Virgil apenas fez um gesto preciso em direção a uma mesa limpa.

Kyle começou a aparecer toda semana. E depois, duas vezes por semana. Sempre na hora do almoço de Bobby e no momento de pausa do chá de Virgil. Ele não parecia notar a cortina. Dirigia-se a ambos com a mesma atenção tranquila. Perguntava a Bobby sobre os personagens do mural (“Esse peixe com terno é o prefeito?”). Perguntava a Virgil sobre o significado das formas sombrias em suas telas (“Essa linha azul… parece fria, mas também triste. É isso?”).

Virgil, pela primeira vez, hesitou ao responder. “É… uma tentativa de capturar o silêncio depois de uma queda.”

Bobby riu. “Pesado. A minha é o barulho *durante* a queda. Com funk tocando.”

Kyle sorriu, um lado da boca subindo mais. “Ambos soam honestos.”

Seu interesse não era performático. Era genuíno. E lentamente, como a tinta escorrendo de um pincel carregado, Kyle começou a preencher o espaço entre os dois mundos. Ele consertou a cadeira quebrada de Bobby com ferramentas que trouxe. Trouxe um chá especial para Virgil, depois de ouvi-lo tossir. Sentava-se no banco que ficava exatamente no meio do estúdio, a cortina atrás dele, e comia seu próprio sanduíche, sendo uma presença calma e incontestável.

Virgil começou a notar a energia de Bobby não como um ruído, mas como um ritmo vital. Bobby começou a ver a precisão de Virgil não como rigidez, mas como uma forma de cuidado. E ambos, secretamente, começaram a notar Kyle. A forma como seus músculos do braço se flexionavam ao carregar as caixas, a paciência infinita, o modo como seus olhos verdes ficavam sérios quando ouvia um deles falar sobre seu trabalho.

O ponto de ruptura foi uma tempestade. A energia caiu no prédio. No escuro, apenas a luz das ruas e dos faróis dos carros entrava, pintando listras azuis e laranjas no estúdio. Os três se encontraram, sem planejar, na janela grande que dava para o incêndio.

“Que máximo,” Bobby sussurrou, vendo a cidade transformada em sombras e reflexos.

“Uma composição perfeita de caos,” murmurou Virgil, sua mão tremendo levemente, ansiosa por um pincel.

Kyle ficou entre eles, seus ombros quase tocando os deles. “É assustador. E bonito.”

No escuro, as mãos se encontraram. Não se sabia quem moveu primeiro. Talvez os três. Os dedos longos e finos de Virgil se entrelaçaram com os dedos largos e fortes de Kyle. E a mão calejada e inquieta de Bobby encontrou o outro lado da mão de Kyle, seus dedos pintados de tinta preta fechando sobre os nós dos dedos do entregador.

A luz voltou, brusca. Eles se separaram, um rubor subindo pelo pescoço de Virgil, Bobby tossindo e olhando para os sapatos, Kyle sereno, mas com um brilho intenso em seus olhos verdes.

No dia seguinte, a cortina de lona ainda estava lá. Mas estava aberta, recolhida para o lado, como um pano de fundo. No meio do estúdio, uma nova tela, grande, estava apoiada. Bobby havia começado um fundo de explosão de cores. Virgil aproximou-se e, com um pincel fino, começou a traçar linhas estruturais, negras e precisas, sobre o caos. E Kyle, em seu horário de folga, estava sentado no banco, observando, trazendo café para os três. Seu uniforme estava dobrado sobre uma cadeira; ele usava uma camisa simples, pertencendo.

Era um amor pequeno, nascido de entregas de supermercado e silêncios compartilhados. Não era uma história de dois, mas de três: a linha, a cor e o espaço que as mantinha unidas. Na Rua Hazel, um novo mural estava sendo pintado, não nas paredes, mas entre eles, em pinceladas diárias de café compartilhado, toques acidentais e um olhar triplo que, finalmente, encontrava seu ponto de fuga no mesmo horizonte.

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