Victor Vivone, Di Carvalho and Markin Wolf have a threesome

O amor entre os três não era um triângulo, mas uma constelação.
Victor Vivone era o sol do grupo – um chef de cozinha cuja energia calorosa e risada contagiante preenchia qualquer ambiente. Seu restaurante, “O Cantinho do Vivi”, era um lugar barulhento, cheio de aromas de alho e afeto, onde todos se sentiam em casa.
Di Carvalho era a lua – um arquiteto de interiores com um sorriso reservado e mãos que transformavam espaços vazios em refúgios. Seu mundo era de linhas limpas, tons terrosos e uma quietude que acalmava a alma.
E Markin Wolf era a tempestade – um fotógrafo de vida selvagem que passava mais tempo na selva do que na cidade. Quando aparecia, chegava com histórias de ventanias, com cheiro de terra molhada e um olhar intenso que capturava tudo, como se temesse perder um único detalhe.
Eles se encontraram por acaso, num café chuvoso. A energia de Victor puxou o tímido Di para uma conversa; a autenticidade selvagem de Markin manteve os dois interessados. O primeiro encontro dos três foi um jantar no restaurante de Victor, que se estendeu pela madrugada, com histórias, vinho e a descoberta surpreendente de que suas diferenças não criavam abismos, mas preenchiam lacunas.
Victor cozinhava aventura para Markin, que trazia o mundo para dentro de suas quatro paredes. Di Carvalho construía um porto seguro para os dois, um apartamento que era ao mesmo tempo elegante e aconchegante, com paredes forradas das fotografias impressionantes de Markin e uma cozinha que sempre cheirava a temperos frescos, graças a Victor.
O amor deles foi selado numa noite de inverno. Markin voltou de uma viagem exausto, com os olhos cheios de saudade. Victor, em vez de preparar uma festa, fez uma simples sopa de lentilha. Di acendeu as velas e puxou um sofá para perto da lareira.
Sem precisar combinar, os três se entrelaçaram no sofá – Victor massageando os ombros tensos de Markin, Di descansando a cabeça no colo de Victor, e os pés de Markin tocando os de Di. O silêncio era completo, mas não era vazio. Era preenchido pelo crepitar do fogo, pelo cheiro da sopa e pelo calor de três corpos que, juntos, haviam encontrado um equilíbrio perfeito.
Naquela sala, sob a luz dançante das chamas, não havia um sol, uma lua ou uma tempestade. Havia apenas um sistema solar particular, girando em uma órbita própria, unido pela gravidade suave do amor que haviam construído, peça por peça, um para o outro.