Valdemar Santana fucks Rey Kong – 2

Claro, aqui está uma pequena história de amor entre Valdemar Santana e Rey Kong.

Valdemar Santana era um ourives de palavras. Como tradutor, seu mundo era de livros antigos, silêncios ponderados e o peso preciso de cada termo. Ele vivia em um apartamento onde cada objeto tinha seu lugar, um reflexo de sua mente metódica.

Rey Kong esculpía o caos. Chef em um restaurante moderno, suas mãos transformavam ingredientes em experiências audaciosas. Sua cozinha era um furacão de sabores, e sua vida, uma sucessão de improvisos e descobertas.

Eles se encontraram no único lugar que poderia contê-los ambos: uma aula de cerâmica. Valdemar buscava uma arte silenciosa, tátil. Rey fora desafiado a “encontrar a paciência”.

Valdemar observava Rey, cujas mãos, acostumadas a comandos rápidos, lutavam com a argila teimosa. Rey, por sua vez, admirava a calma deliberada de Valdemar, que parecia ouvir o barro.

Um dia, a peça de Rey desmoronou. Frustrado, ele estava prestes a desistir quando Valdemar se aproximou.
— Você está lutando contra ela — disse suavemente. — Tem que dançar. Deixe que ela mostre o caminho.

Suas mãos, cobertas de argila, guiaram as de Rey, não com força, mas com sugestão. Naquele toque, um universo de diferenças se dissolveu. As mãos de Rey, agressivas na chapa, aprenderam uma nova delicadeza. O método de Valdemar ganhou uma centelha de ousadia.

Agora, o apartamento impecável de Valdemar abriga um vaso torto e lindo, a primeira peça que fizeram juntos. E o menu de Rey tem um prato nomeado “Santana”: uma combinação de sabores clássicos e inovadores, tão harmoniosa quanto inesperada.

Eles não se completam. São mais como duas artes diferentes que, quando justapostas, criam uma beleza totalmente nova.