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Uma sacanagem bem gostosa – Marcelo Russo, Ryan Sub

O estúdio de Marcelo Russo cheirava a tinta a óleo e café queimado. Era um caos organizado de telas, pincéis e raiva criativa. Ele era um pintor expressionista, aclamado pela crítica por sua “violência colorida”, mas desprezado pelo mercado por sua teimosia em não se vender. Suas figuras eram distorcidas, seus céus, um turbilhão de emoção pura.

Ryan Sub era o oposto. Um corretor de arte, Ryan vivia no mundo liso e polido das galerias de vidro e champanhe. Seu terno era impecável, seu sorriso, calculado, e seu olho, infalível para o próximo grande sucesso. Ele conseguia colocar um preço em qualquer coisa, até mesmo na alma de um artista – especialmente na alma de um artista.

A galeria que representava Ryan o desafiou: “Domestiche o selvagem Marcelo Russo. Faça-o pintar algo… vendável.”

A primeira visita de Ryan ao estúdio foi um desastre.

“Saia,” rosnou Marcelo, sem sequer olhar para a porta, suas mãos manchadas de azul ultramarino.

Ryan não saiu. Em vez disso, ele observou. Não as telas gritantes nas paredes, mas os esboços a carvão espalhados pelo chão. Eram desenhos de um único vaso de flores murchas, repetido à exaustão, cada linha um tremor de uma mão incrivelmente delicada.

“Você pinta gritos,” Ryan disse, sua voz suave cortando a tensão. “Mas desenha sussurros. Qual deles é o verdadeiro Marcelo Russo?”

A pergunta ficou pairando no ar, como um fantasma. Ninguém, nem os críticos mais ferrenhos, havia visto aqueles esboços. Ninguém havia perguntado por eles.

Marcelo cedeu, contra toda a sua vontade. Ryan voltou. Dia após dia. Ele não falava de vendas ou de tendências do mercado. Ele falava das flores murchas. Ele perguntou sobre a história por trás delas. E, lentamente, Marcelo contou. Falou de sua avó, da varanda onde ela cultivava aquelas flores, do cheiro da terra molhada, da quietude que ele nunca mais conseguira encontrar.

Ryan, o homem que colocava preço em tudo, ouviu sem julgar. E, pela primeira vez, ele não estava calculando o valor da história. Ele apenas… a absorvia.

O conflito veio quando a galeria pressionou Ryan por resultados. Ele apresentou a Marcelo uma encomenda lucrativa: uma série de retratos de uma socialite.

“É só seguir a foto,” Ryan disse, a voz contida.

Marcelo olhou para ele, e pela primeira vez, Ryan viu não raiva, mas desapontamento nos olhos do artista.

“Você quer que eu pinte uma foto?” Marcelo perguntou, sua voz um fio de descrença. “Você, que viu os meus sussurros?”

Ryan sentiu aquilo como uma facada. Ele havia se tornado exatamente o que Marcelo mais desprezava: um intermediário que transformava arte em mercadoria.

Ele saiu do estúdio sem dizer uma palavra. A socialite ficou sem seu retrato. A galeria ficou furiosa.

Na noite da abertura da exposição que consagraria Ryan como o maior corretor de sua geração, ele estava ausente. Em vez disso, estava no estúdio de Marcelo. A chuva batia nas vidraças sujas.

“Eu me demiti,” Ryan disse, sua voz estranhamente livre daquele tom calculado. Ele usava jeans e uma camisa simples, manchada de tinta.

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