Tyler Tanner and friend fuck eachother

Claro, aqui está uma pequena história de amor com os nomes Tyler e Tanner.
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O mundo de Tyler era um palco. Como ator de teatro, ele vivia de emoções emprestadas, de finais ensaiados e de aplausos previsíveis. Nos bastidores, porém, longe das luzes, havia um silêncio que ele não sabia como preencher. Sua vida era uma performance contínua, e ele às vezes se perguntava quem ele era quando a plateia ia embora.
Tanner era o oposto. Como carpinteiro e cenógrafo freelance do mesmo teatro, suas mãos falavam a linguagem prática da madeira verdadeira, do prego martelado e da tinta que secava. Ele não criava ilusões; ele construía realidades tangíveis. Sua vida era quieta, cheia do cheiro de serragem e do som satisfatório de uma junta que se encaixa perfeitamente.
Eles se cruzavam nos corredores estreitos dos bastidores, um coberto de glitter e suor, o outro de lascas de madeira e poeira. Um sorriso tímido, um aceno de cabeça. Nada mais.
Até a noite do desastre. Durante uma cena crucial, um dos cenários principais, uma estante de livros, desmontou-se com um estalo seco no palco. Tyler, no meio de seu monólogo mais importante, não piscou. Ele improvisou, usou o acidente como parte da peça, e salvou a noite.
Nos bastidores, após os aplausos, ele encontrou Tanner, pálido e devastado, examinando a peça quebrada.
— Foi minha culpa. Uma junta fraca — disse Tanner, sua voz um sussurro áspero, cheio de decepção.
Tyler, ainda com a adrenalina da performance, colocou uma mão suave em seu braço.
— Você está louco? — disse, um sorriso nos lábios. — Foi a coisa mais real que aconteceu nesta peça toda. O público amou.
Tanner olhou para ele, confuso, esperando ironia. Só encontrou sinceridade.
Na noite seguinte, Tyler apareceu na oficina. Ele trouxe dois cafés e sentou-se em um banco de madeira, apenas observando Tanner trabalhar, reparando a estante com mãos cuidadosas. Tyler não falava sobre Shakespeare ou Stanislavski; ele fazia perguntas sobre tipos de madeira, sobre ferramentas, sobre como se constrói algo que dura.
Tanner, por sua vez, começou a ver a peça da plateia. Ele via a magia que as palavras de Tyler criavam, a emoção que ele invocava do nada. E ele via, também, a solidão nos olhos do ator quando a cortina caía.
O amor deles não foi um drama shakespeariano. Foi uma construção lenta e paciente, como uma junta de caixa. Era Tyler levando um sanduíche para a oficina às 2h da manhã, quando Tanner tinha um prazo a cumprir. Era Tanner ensaiando linhas com ele no telhado do teatro, longe de todos os olhos.
Uma tarde, na oficina vazia, Tyler encenou um monólogo apenas para Tanner. Não era de um play, eram suas próprias palavras, desajeitadas e verdadeiras, sobre como se sentir finalmente real.
Quando ele terminou, Tanner não aplaudiu. Ele pegou a mão de Tyler, cheia de calos de tanto segurar ferramentas, e a apertou.
— É a melhor performance que já vi — sussurrou. — Porque não era uma performance.
E pela primeira vez, Tyler não precisou fingir. Ele já estava em casa.