Two Daddies One Hole – Riley Gray, Tyler Saint and Ace Banner

O armazém da Velha Cidade era um pulmão doente, cheio de poeira de décadas e o cheiro agridoce de decadência. Era o lugar perfeito para se esconder, ou para uma armadilha. Riley Gray preferia assumir o pior. Sua postura era rígida, os olhos, cor de aço tempestuoso, escaneando cada sombra. Ela não confiava em ninguém, muito menos em dois homens que eram lendas perigosas no submundo.

Do outro lado de uma mesa improvisada, Tyler Saint sorria. O sorriso era um artefato perigoso, tão polido e afiado quanto o relógio de platina em seu pulso. Ele era o negociador, o homem que podia vender gelo para um esquimó e convencê-lo de que era uma joia rara. Seus trajes caros pareciam absurdos naquele lugar, mas ele os usava com a autoridade de um rei no seu castelo de lixo.

“Relaxe, querida Riley,” disse Tyler, sua voz um sedativo suave. “O negócio é simples. Você entra, pega o pacote e sai. Ninguém precisa se machucar.”

“Todo mundo sempre se machuca quando você está envolvido, Saint,” Riley respondeu, os dedos tocando a coronha da pistola na sua cintura. “É só uma questão de quem.”

Foi então que uma viga no teto rangeu. Não foi o som do prédio moribundo. Foi algo… proposital.

Tyler não perdeu o sorriso. “Ah, sim. Esse é o nosso seguro. Ace, desce daí. Você está assustando a nossa talentosa contratada.”

Como um gato preto materializando-se da escuridão, Ace Banner desceu de um feixe de sustentação, suas botas não fazendo mais barulho que um suspiro. Ele era o oposto de Tyler; vestia roupas escuras e funcionais, e seu rosto era uma tela em branco, exceto pelos olhos que registravam tudo com a frieza de um sistema de mira. Ele era o silêncio antes do estouro, a garantia de que os planos de Tyler não falhariam por falta de aplicação prática.

Riley sentiu um calafrio. Ela não o tinha ouvido. Não tinha sentido sua presença. Ace apenas inclinou a cabeça, um cumprimento quase imperceptível, e se apoiou na parede, seus braços cruzados mostrando os contornos de músculos que eram ferramentas do seu ofício.