TwinkRiley fucks Joey Michaels
A chuva caía sobre Nova York como uma cortina prateada, e o único refúgio iluminado naquela esquina do East Village era a livraria “TwinkRiley’s Nook”. O dono, Riley, um homem de óculos de aro fino e suéteres de tricô, organizava meticulosamente uma pilha de livros usados. Ele adorava o cheiro de papel antigo e o silêncio quebrado apenas pelo tic-tac do relógio de parede e pelo bater da chuva nos vitrais.
A campainha da porta tilintou. Entrou um homem encharcado, o casaco de couro pingando no chão de madeira. Ele tinha um ar cansado, mas seus olhos claros percorreram as estantes com a fome de quem busca algo mais do que abrigo.
— Preciso de um livro que não sei o nome — disse o estranho, a voz rouca. — É sobre um faroleiro que perdeu a capacidade de ver as estrelas.
Riley, que se apresentava apenas como TwinkRiley para os clientes, inclinou a cabeça. Um pedido desses era seu tipo favorito de enigma.
— Acho que conheço o que procura. Ficção escandinava, edição rara. Deixe-me ver.
Enquanto subia a escada de rolante para o mezanino, o estranho se aproximou do balcão. Seus olhos pousaram em uma fotografia em preto e branco: Riley, muito mais jovem, ao lado de um homem de sorriso largo, segurando uma guitarra.
— Esse é o Joey Michaels — sussurrou o estranho, mais para si mesmo.
Riley, voltando com um livro pequeno encadernado em couro, ouviu. Suas mãos tremeram levemente.
— Como… como você conhece esse nome?
O estranho abriu um sorriso triste, e naquele gesto, Riley viu o fantasma de um amigo há muito perdido.
— Joey Michaels era meu irmão. Ele sempre falava de um amigo chamado Riley que tinha uma livraria, que guardava suas cartas e suas histórias. Eu sou Liam, o irmão mais novo. Ele… ele partiu há dois anos.
O mundo de Riley parou por um segundo. Joey, o espírito livre, o músico que viajava com uma mochila e um caderno de poemas. Joey, que um dia partiu para Los Angeles em busca de um sonho maior e cujas cartas, aos poucos, cessaram.
— Ele deixou algo para você — continuou Liam, tirando um caderno surrado do casaco. — Disse que você era o único que entenderia. E pediu que, se um dia eu passasse por Nova York, trouxesse até TwinkRiley’s Nook.




