TradesmanCock – Angus and Nicholas Wilson fuck

O vento soprava frio e insistente nas ruas de pedra de Edimburgo, mas Angus não o sentia. Parado diante da vitrine da livraria “The Wilson’s Haven”, seu coração batia num ritmo acelerado e quente, como se tentasse compensar o gelo que o cercava. Dentro, entre pilhas de livros antigos e o cheiro reconfortante de papel e couro, estava Nicholas Wilson.
Angus era um ourives de mãos calejadas e coração quieto. Seu mundo era feito de metais preciosos e designs intricados, de silêncio e concentração. Nicholas era o oposto: um turbilhão de palavras e risadas, dono da livraria que herdara do avô e um contador de histórias nato. Seus olhos, da cor do carvalho, brilhavam com uma chama que Angus achava hipnotizante.
Eles se conheceram por acaso, quando Angus entrou na livraria atrás de um livro sobre ourivesaria medieval. Nicholas, com um sorriso que parecia iluminar a penumbra do lugar, não só o encontrou como passou a hora seguinte discutindo a simbologia nas alianças vikings. Angus saiu de lá com o livro e com o número de Nicholas anotado na contracapa, um traço de tinta azul que mudou sua vida.
Nos meses que se seguiram, a livraria tornou-se o refúgio de Angus. Ele ia após o fechar da sua própria oficina, e Nicholas sempre tinha uma xícara de chá esperando por ele. Enquanto Angus trabalhava em peças delicadas em um cantinho reservado, Nicholas organizava estantes, atendia clientes e lia trechos de livros em voz alta. Eles eram um contraste perfeito: a solidez paciente de Angus e a energia vibrante de Nicholas. O ourives aprendera que o amor, como a prata, precisava ser manuseado com cuidado, aquecido no fogo da paciência até se tornar maleável e belo.
Uma noite, particularmente tempestuosa, com o vento uivando como um lobo faminto do lado de fora, Angus encontrou Nicholas mais quieto que o normal. A livraria estava fechada, e apenas a luz de uma lâmpada de mesa iluminava seus rostos.
“O que foi, Nick?”, perguntou Angus, sua voz um sussurro áspero contra o som da chuva.
Nicholas olhou para as mãos de Angus, mãos que transformavam matéria bruta em beleza. “Tenho medo”, confessou, sua voz perdendo um pouco da sua habitual musicalidade. “Medo de que isto… nós… seja uma história muito boa para ser verdade. Medo de virar a página e encontrar um final infeliz.”
Angus não disse uma palavra. Em vez disso, pegou uma pequena bolsa de veludo que carregava sempre consigo. Dali, tirou um par de alianças. Eram simples, sem pedras, mas trabalhadas com um padrão intrincado que lembrava as raízes de uma árvore entrelaçadas com as linhas de um livro aberto.