TradesmanCock – Angus and NakedYogaMen Collab #3

O vento soprava frio nas Highlands escocesas, carregando o cheiro de terra molhada e urze. Angus MacLeod era aquele vento: forte, constante e um tanto áspero. Seus dias eram feitos de granito e lã de ovelha, suas mãos calejadas pela labuta da fazenda da família. Ele era solidez, raízes profundas cavadas no solo antigo de sua terra.

Até que um dia, na tela mágica de seu celular, ele encontrou o contrário de tudo o que conhecia: NakedYogaMen.

Não era o nome que o atraiu primeiro, mas a luz. As fotografias, sempre banhadas por um sol dourado, capturavam corpos em movimento, alongando-se em poses graciosas contra fundos de praias desertas ou florestas serenas. E no centro de tudo estava ele: um perfil chamado NakedYogaMen. Seu nome era Elias, ele descobriu mais tarde, mas naquela primeira impressão, ele era apenas uma sinfonia de músculos alongados, paz nos olhos e uma vulnerabilidade tão crua que fez o coração de Angus, acostumado a se proteger do frio, contrair-se de forma estranha.

Elias era fluidez. Era suavidade. Era a expiração longa após um dia de trabalho duro. Seus posts falavam de “enraizar-se através dos pés” e “abrir o coração para o céu”. Angus, cujos pés sempre estavam enraizados no barro, sentiu-se estranhamente compreendido. Ele começou a comentar, timidamente no início. “Parece pacífico,” escreveu sob uma foto de Elias em Vrikshasana, a postura da Árvore.

A resposta veio rápida e calorosa: “A paz já está aí, Angus. Só preciso lembrar o corpo disso.”

Assim começou um diálogo que atravessou oceanos. Elias vivia em um estúdio ensolarado na Califórnia, onde o ar cheirava a sal e eucalipto. Ele ensinava que a força não estava apenas na rigidez, mas também na capacidade de dobrar-se sem quebrar. Angus, por sua vez, compartilhava fotos das montanhas cobertas de neve, das ovelhas recém-nascidas, do silêncio majestoso dos lagos. Ele ensinava a Elias sobre uma resistência diferente, a que vem de persistir através das estações mais duras.