Tommaso, Fedehub Twink (Federico), and Daniele (danyxlocatelli) have a threesome
A vida de Tommaso era regida pela disciplina do movimento. Como coreógrafo de uma companhia de dança contemporânea, seu mundo era de espelhos, suor e a busca implacável pela perfeição física. Cada gesto era calculado, cada emoção, um músculo a ser controlado. Ele era a serenidade gelada antes da tempestade no palco.
Federico, conhecido online como **Fedehub Twink**, era seu oposto absoluto. Um influencer de moda e lifestyle, sua existência era um turbilhão de cores, brilho e exposição. Seus dias eram uma curadoria de looks ousados, stories hipercinéticos e uma personalidade extrovertida que desafiava qualquer convenção. Ele era energia pura, não filtrada.
Daniele, ou **danyxlocatelli** para seus seguidores, era o ponto de equilíbrio invisível. Um poeta moderno que postava versos curtos e melancólicos sobre estações de trem e cafés vazios, sua arte era sutil, quase um sussurro no barulho das redes sociais. Ele observava o mundo de longe, transformando solidão em arte.
O destino deles se entrelaçou em um projeto audacioso: Tommaso foi contratado para coreografar um videoclipe para uma música de um artista indie. Federico foi escolhido para ser o rosto principal, a explosão de vida visual. E Daniele, cujo poema havia inspirado a letra da música, foi convidado para o set.
Os ensaios foram um choque de planetas.
Tommaso tentava impor sua disciplina. “Federico, o movimento tem que vir de dentro, é uma linha contínua, não uma série de poses!”
Federico revirava os olhos. “Tommaso, querido, o interior é maquiagem e iluminação. O público quer é glamour!”
Daniele observava tudo, quieto em um canto, anotando frases em um caderno velho. Sua quietude irritava Tommaso e intrigava Federico.
Um dia, após uma discussão particularmente acalorada, Federico estourou. “Você é um robô! Sua dança não tem alma, só tem geometria!”
Tommaso, com a voz gelada, retrucou: “E a sua é um festival de egocentrismo. Vazia.”
Federico saiu do estúdio, quase em lágrimas. Foi Daniele quem foi atrás dele, encontrando-o no telhado do prédio, olhando a cidade.
“Ele não entende,” Federico disse, sem olhar para trás. “É tudo uma armadura. O ‘twink’ é um personagem.”
“Eu sei,” Daniele respondeu, calmamente. “Assim como o ‘coreógrafo controlado’ é a armadura dele.” Ele abriu o caderno. “Eu escrevi um poema sobre vocês dois. Sobre a linha reta que anseia pela curva, e a curva que deseja desesperadamente ser uma linha reta, só por um segundo.”
Federico leu o poema. E, pela primeira vez, sentiu-se verdadeiramente visto.
Na noite seguinte, Daniele mostrou o mesmo poema para Tommaso. “Ele tem medo, Tommaso. Medo de que por baixo de todo aquele brilho, não haja nada substancial. Assim como você teme que, por baixo de todo o seu controle, haja apenas um caos que você não pode dominar.”




