Tomas Brand Penetrates And Pounds Allen King and Massimo Piano

O outono em Boston pintava as ruas de vermelho e laranja, e dentro da “Caffè della Vita”, o aroma de pão fresco e café era um abraço constante. Esse era o reino de Massimo Piano, um padeiro napolitano que havia trazido nas malas não apenas receitas de família, mas uma filosofia de vida: as melhores coisas demandam tempo. Paciência era sua virtude principal, aplicada à sua massa madre e aos croissants de amêndoa, mas que se esvaía rapidamente com a bagunça alheia.

Allen King era, por natureza, uma bela bagunça.

Pontualmente às 8:15, ele entrava como um furacão de terno cinza, falando ao telefone, a pasta de couro abarrotada de contratos. Um corretor de imóveis de sucesso, Allen vivia no futuro, no próximo negócio, na próxima reunião. Sua interação com Massimo era uma transação funcional: “Café preto. Para viagem.” Nem um olhar, nem um sorriso. Apenas eficiência.

Massimo observava aquele homem, intrigado. Sua agitação era um insulto à serenidade deliberada do café. Até que um dia, o caos de Allen colidiu com a imutável calmaria de Tomas Brand.

Tomas era um ourives aposentado, um cliente habitual que ocupava a mesa do canto todas as manhãs, lendo seu jornal com uma lupa de cabo de ébano. Naquele dia fatídico, Allen, distraído por um e-mail urgente, tropeçou no velho tapete persa e esbarrou na mesa de Tomas, derramando o cappuccino perfeito do homem sobre as notícias do dia.

“Meu Deus, eu sinto muito! Perdoe-me!” Allen exclamou, em pânico, sacando guardanapos de seu bolso.