Tobias Sholem (Tobbyass1) gets fucked by Conner Blakely on the picnic table

O apartamento 4B cheirava a pizza fria e energia desperdiçada. Na tela imensa, um soldado alienígena explodia em pixels verdes, vitória de Tobias Sholem. Seu nome de usuário, Tobbyass1, piscava no topo do ranking. Ele estalou os dedos, um gesto de triunfo solitário.

— Mais um para a coleção do Tobbyass — ele murmurou para o vazio.

Do outro lado do corredor, no apartamento 4A, Conner Blakely desligou o fone de ouvido. O silêncio foi abrupto. Através da parede fina, ele ouvira o grito abafado de vitória e o apelido ridículo. Um sorriso lento surgiu no rosto de Conner. Ele era o oposto de Tobias: onde um era ruivo e espigado, o outro era moreno e athlético; onde um vivia no mundo digital, o outro vivia no mundo do concreto.

No dia seguinte, um envelope marrom foi deslizado por baixo da porta do 4B. Sem remetente. Tobias, desconfiado, abriu. Dentro, um único cartão. De um lado, a impressão de um ranking com “Tobbyass1” no topo. Do outro, uma mensagem escrita à mão, com uma letra firme e decidida:

“Parabéns pelo primeiro lugar. Sua mira é impressionante. Mas e a sua pontaria no mundo real? Desafio você a uma partida de sinuca no ‘Buraco de Minhoca’. Se tiver coragem. – Seu Vizinho, C.B.”

Tobias leu a mensagem três vezes. “C.B.” Só podia ser aquele cara do 4A, o que sempre cumprimentava com um aceno casual no corredor e cheirava a ar livre. Um desafio? No mundo real? Era quase um insulto. Mas também era… interessante.

Naquela noite, Tobias apareceu no bar. Conner já estava lá, encostado na mesa de sinuca, girando um taco entre os dedos.

— Pensei que você não viria, Tobbyass — disse Conner, com um sorriso que não era de provocação, mas de genuína curiosidade.

— O nome é Tobias — respondeu ele, sério. — E eu vim para mostrar que minha pontaria não se limita a controles.

A partida foi acirrada. Tobias, com os dedos ágeis de quem manuseava um controle o dia todo, tinha um cálculo preciso para os ângulos. Conner, por outro lado, tinha a força e a intuição de quem praticava esportes. Eles não falaram muito. O som era o estalar das bolas, o ranger do giz no taco, o burburinho do bar.

No final, Tobias venceu por uma bola. Ele encaixou a preta no canto superior esquerdo com um tiro seco e perfeito.

Conner soltou uma gargalhada, esfregando a nuca.

— Não acredito! O mito do Tobbyass é real em qualquer dimensão.

Dessa vez, Tobias não se irritou. Um sorriso pequeno, quase imperceptível, surgiu em seus lábios.

— Foi pura sorte.

— Sorte nada — Conner encostou o taco no c