Timothy Champagne fucks Beau Butler

O vento soprava frio nas ruas de Nova Orleans, mas dentro do “Étouffée”, o calor era acolhedor e cheirava a pimentão, sálvia e algo indescritivelmente doce. Timothy Champagne, com seus dedos longos e finos, arrangiava meticulosamente as flores no balcão – astromélias cor de pêssego e rosas burgúnes –, buscando uma perfeição que sempre lhe pareceu fugir. Ele era como suas composições florais: belo, ordenado e um pouco melancólico.
A campainha da porta tilintou, anunciando um cliente após o horário de fechamento. Timothy suspirou, preparando-se para educadamente dispensar a pessoa. Mas as palavras morreram em sua garganta.
Na entrada, encharcado pela chuva repentina que caía sobre a cidade, estava um homem. Seu casaco de couro pingava água no assoalho de pinho de recuperação, e ele segurava um capacete de motociclista debaixo do braço. Seus olhos, da cor do caramelo quente, encontraram os de Timothy, e um sorriso despretensioso e um pouco cansado surgiu em seu rosto.