Tim Gottfrid fucks the cum out of Nico Vegas (Mikael Nyoman)

**O Relojoeiro e o Atlas de Estradas Secundárias**
Tim Gottfrid era um homem de âncoras. Herdou do avô uma relojoaria em uma rua tranquila, onde o tempo era medido pelo lento pêndulo de um relógio de parede e pelo meticuloso tique-taque de centenas de pequenos mecanismos. Sua vida era um exercício de precisão e permanência. Cada peça tinha seu lugar, cada hora seu ritual.
Nico Vegas, cujo passaporte insistia em chamá-lo de Mikael Nyoman, era um furacão de movimento. Nascido na Indonésia, criado em Espanha e agora um fotógrafo nômade, ele era um atlas de estradas secundárias e rostos esquecidos. Sua vida cabia em uma mochila, e seu único ritual era não ter nenhum.
Um dia de outono, o pêndulo do grande relógio de Tim parou. Por mais que tentasse, não conseguia encontrar a falha. A peça mais importante de sua vida, a que ditava o ritmo de todas as outras, estava em silêncio.
Foi quando Nico entrou na loja. Não para comprar, mas para se abrigar de uma chuva repentina. Seus olhos, cor de âmbar, pousaram imediatamente no relógio parado.
“Às vezes, eles cansam”, Nico disse, sua voz um sotaque musical e impossível de localizar. “De marcar o mesmo segundo no mesmo lugar.”
Tim, normalmente reservado, sentiu-se intrigado. “E qual é a solução?”
“Movê-lo”, Nico respondeu com um sorriso que parecia conter todos os sóis sob os quais já havia dormido. “Mostrar a ele um canto diferente da parede. A luz da manhã é diferente da luz da tarde. Isso pode ser suficiente.”
Cético, mas sem nada a perder, Tim ajudou Nico a mover o pesado relógio para o outro lado da loja. Quando o pêndulo foi balançado novamente, ele oscilou, hesitou e então, com um *tique-taque* triunfante, retomou seu curso.
Nico deveria partir naquela noite. Mas partiu apenas uma semana depois, depois de mostrar a Tim a beleza de um café tomado às pressas, de uma rota alternativa para casa e do caos ordenado das constelações no céu noturno.
Antes de ir, Nico deu a Tim uma pequena caixa. Dentro, havia uma foto que ele tinha tirado na primeira tarde: Tim, com uma ferramenta na mão, um raro sorriso nos lábios, banhado por uma luz que ele nunca tinha visto em sua própria loja. No verso, estava escrito: *”Para o homem que conserta o tempo, mas esqueceu de vivê-lo. O meu parou quando te conheci.”*
Tim não disse nada. Em vez disso, pegou a chave mestra da loja, colocou-a na mesa, e colocou na mão de Nico um pequeno e intricado relógio de bolso que ele mesmo havia construído.
“Este relógio”, Tim explicou, seus dedos firmes entrelaçando-se nos de Nico, “não marca as horas. Ele marca o tempo até você voltar.”