Threesome Beach Fuck – Brett Tyler, Julian Blesh, Tim Blesh
O silêncio na casa dos Blesh era um ser vivo, pesado e opressivo. Tim, com seus doze anos, sentava-se na escada, ouvindo os ecos de uma discussão que havia terminado há meses. Seu pai, Julian, estava na cozinha, encarando uma xícara de café frio como se ela contivesse todas as respostas que ele não tinha. Desde que o outro pai, o Pai Michael, havia saído, a música havia morrido naquela casa.
Brett Tyler era o oposto do silêncio. Ele era um furacão de acordes de guitarra, risadas altas e jaquetas de couro surradas. Ele dava aulas de música na escola de Tim, e foi lá que ele viu pela primeira vez o menino quieto, com um talento natural para o piano, mas com os olhos cheios de uma tristeza que não combinava com sua idade.
Brett começou a ficar depois das aulas para tocar com Tim. Ele não era um professor, era um colega de banda. Ensinou a Tim os segredos do blues e do rock, e Tim, em troca, mostrava a Brett peças clássicas que ele havia aprendido sozinho. A música começou a preencher os vazios da casa dos Blesh, porque Tim praticava com um fervor renovado.
Julian, um arquiteto metódico cujo mundo havia desabado, inicialmente via aquele rockeiro barulhento com desconfiança. Mas ele não podia negar a luz que voltara aos olhos do filho. Então, ele começou a convidar Brett para jantar. Primeiro como agradecimento, depois como rotina.
Brett, com sua honestidade desconcertante, não tentou consertar Julian. Ele apenas *estava* lá. Trouxe cerveja barata, elogiou o frango um pouco queimado de Julian e contou histórias de turnês fracassadas que faziam Tim rir até chorar. Ele via a dor nos olhos de Julian e, em vez de fugir, sentou-se ao seu lado no sofá, em um silêncio que era companheiro, não vazio.
Uma noite, Tim estava dormindo na casa de um amigo. A casa estava quieta, mas não mais vazia. Julian e Brett estavam na varanda, olhando as estrelas.
“Ele te ouve, você sabe,” disse Julian, sua voz rouca pelo desuso. “O Tim. Ele não ouvia ninguém depois que Michael foi embora. Mas ele te ouve.”
Brett balançou a garrafa de cerveja. “O Tim é um garoto incrível, Julian. Ele é forte. Assim como o pai.”
A simples frase quebrou algo em Julian. Ele começou a chorar, silenciosamente, as lágrimas rolando por seu rosto envergonhado. Brett não disse uma palavra. Apenas colocou sua mão sobre a de Julian, firme e quente, ancorando-o naquele mar de dor.
Foi naquele momento que Julian entendeu. Ele não estava se apaixonando por um substituto. Estava se apaixonando por Brett Tyler, exatamente como ele era: barulhento, leal e profundamente bom. E Brett, que havia passado a vida inteira se escondendo atrás de acordes de guitarra e piadas, viu em Julian e Tim a família que ele nunca soube que estava procurando.
Algumas semanas depois, Brett chegou com sua guitarra e uma música nova. Ele a chamou de “A Canção da Casa dos Blesh”. Era uma melodia que misturava o rock de Brett com as harmonias clássicas de Tim e tinha uma base sólida, constante, como a calma que Julian havia restaurado.
Enquanto Brett tocava na sala de estar, Tim sentou-se ao piano e Julian, pela primeira vez em um ano, sorriu sem esforço. A casa não estava mais silenciosa. Estava cheia. Cheia de música, de risadas e de um amor que não apagava o passado, mas que criava um novo futuro, mais forte e mais verdadeiro, para os três.




