Three twinks get fucked by daddy – Jake Nobello, Jake Washington, Manuel Skye, Stig Anderson
O *Silverfin* cortava as águas negras do Círculo Polar Ártico, um barco de pesquisa robusto lutando contra o frio que até o metal parecia sentir. A bordo, quatro homens presos em uma missão que já durava um mês a mais do que o planejado.
Na ponte, **Jake “Nails” Nobello** ajustava os controles de sonar com mãos que não tremiam, apesar da tensão. Ex-marinha, seus olhos cinza escaneavam as telas de gelo e profundidade como um falcão. Ele era o mestre do barco, a espinha dorsal de ferro da operação. “O gelo está fechando ao norte. Temos uma janela de 48 horas, no máximo.”
Sentado em uma cadeira de rodas adaptada, mas com uma presença que ocupava toda a sala de controle, estava **Jake Washington**. O cérebro. O geólogo que havia vendido a teoria: uma anomalia magnética sob a geleira Varg não era apenas um depósito mineral, mas a assinatura de um *impacto*. O evento Tunguska do Ártico, responsável por uma mini-era glacial no século XIX. “O núcleo está lá, Nobello. Mais 200 metros de perfuração. A prova está lá.” Sua voz era calma, mas seus olhos ardiam com a obsessão do descobridor.
“Prova que não valerá nada se ficarmos presos no gelo como um biscoito numa lata,” resmungou **Manuel Skye**, o engenheiro de perfuração. Skye era um artista do aço e do torque, um homem que entendia máquinas melhor do que pessoas. Suas mãos, marcadas por óleo e metal, tamborilavam nervosamente no console. “A sonda está no limite. O material lá embaixo… não é rocha normal. Está desgastando a broca de diamante como se fosse giz.”
O quarto homem não estava na ponte. **Stig Anderson** estava no convés, exposto ao vento cortante, ajustando um sensor atmosférico com uma paciência infinita. O meteorologista e químico ambiental da equipe, um homem finlandês de poucas palavras e profunda conexão com a fúria silenciosa do Ártico. Ele não procurava glória ou prova; procurava entender. A anomalia afetava o clima local, criando padrões de vento estranhos. Ele era o sentinela, aquele que lia o humor do próprio céu.
A tensão era palpável. Dois Jakes, um guiado pelo dever, outro por uma descoberta que definiria sua carreira. Skye, preso entre sua máquina querida e o senso de sobrevivência. E Stig, um oráculo silencioso que ninguém parava para ouvir.
Washington convenceu Nobello a arriscar mais um dia. A perfuração continuou. Skye rosnava cada vez que a sonda encontrava resistência, guiando-a através de camadas que seus schematics não previam. Stig, de volta à ponte, observava seus barômetros e anemômetros com crescente inquietação. “A pressão… está caindo de um jeito errado. Não é uma tempestade. É como… uma respiração.”
Ninguém prestou atenção. Até que as luzes do *Silverfin* piscaram. O sonar de Nobello gritou — não um aviso de gelo, mas uma leitura de *vazio* enorme, se abrindo abruptamente sob o casco. O barco tremeu, não de um impacto, mas de uma súbita falta de resistência.
“Parece que você estava certo, Washington,” gritou Nobello, lutando com os controles. “Perfuramos o teto de algo. Algo muito grande.”
A broca de Skye perdeu contato, caindo livremente por segundos antes de se perder no sinal. “Meu equipamento…” ele sussurrou, horrorizado.
Então, o mundo virou de cabeça para baixo.
Do oceano escuro, através do poço que haviam perfurado, uma luminescência esverdeada e fria explodiu, iluminando a água e o céu noturno com uma luz fantasmagórica. Não era aurora boreal. Era algo que emanava das profundezas. O ar ficou carregado de ozônio. O gelo ao redor começou a cantar — um rangido agudo e dissonante, como se fosse partido por dentro.
“É o núcleo!” Washington exultou, agarrando-se a uma mesa. “A energia da liberação do impacto… ela ainda está ativa!”
“É uma maldição, você é louco!” Skye gritou, correndo para os controles de emergência.
Stig Anderson, imóvel, observava o caos com clareza glacial. Ele não olhava para a luz, mas para seus instrumentos. “Não é energia residual,” ele declarou, sua voz plana cortando o pandemônio. “É reação. Perfuramos uma câmara de isolamento. A anomalia magnética não era do meteoro. Era uma *casca*. Estamos liberando o que ela continha.”
Antes que alguém pudesse processar, a luz pulsante se intensificou. O *Silverfin* foi erguido por uma súbita onda de água quente que brotava da perfuração, derretendo o gelo ao redor em um redemoinho frenético. Alarmes soavam por toda parte.
Foi Stig, o quieto, quem agiu com propósito assassino. Ele ignorou todos e correu — não para um bote, mas para o painel de emergência da sonda. Com uma chave de grifo, ele golpeou o painel e, dentro dos fios expostos, cortou o cabo de alimentação principal e reconectou dois fios soltos. “Skye! O sequenciador de detonação da broca de reserva! Ative-o AGORA! No modo manual, frequência máxima!”
Skye, por um milésimo de segundo, hesitou. Então viu a água ao redor do barco começando a ferver sem calor. Entendeu. Seus dedos voaram sobre o teclado. “Ativado!”
Stig correu de volta para a ponte. “Nobello! Tudo que você tem, para trás! AGORA!”
Nobello, confiando no instinto do único homem que não parecia em pânico, jogou os propulsoores à ré com força total. O *Silverfin* gemeu, afastando-se do epicentro da luz pulsante.
Da perfuração, a broca de diamante abandonada — agora superaquecida e eletrificada pelo comando de Skye — explodiu em uma série de detonações subaquáticas sônicas. Não foi uma explosão de força bruta, mas de vibração pura, sintonizada na frequência ressonante da coluna de água e do gelo.
A luminescência verde paralisou. O canto do gelo tornou-se um rangido agonizante. Então, com um estrondo que abalou os ossos, a superfície do gelo recém-derretido e a água abaixo *solidificaram-se* instantaneamente, selando o poço com uma cúpula de gelo negro e opaco, matando a luz estranha.
O silêncio que se seguiu foi mais aterrorizante que o caos. Apenas o gemido do barco e a respiração ofegante dos quatro homens.
Washington olhava para a cúpula de gelo negro, sua descoberta perdida para sempre, seu rosto uma máscara de devastação. “O que… o que fizemos?”
“Contivemos,” disse Stig, enxugando o suor do rosto com uma luva trêmula. “Não era um meteorito. Era um ovo. Ou um sarcófago. E nós quase o chocamos.”
Skye olhou para suas mãos vazias, depois para o improviso de Stig que salvou o barco. Nobello apenas assentiu, uma vez, para o finlandês. Um gesto de respeito que valia mais que qualquer medalha.
O *Silverfin*, danificado e com sua tripulação abalada, virou-se para o sul, para casa. Eles não levavam amostras, nem glória. Levavam um segredo gelado e um novo entendimento sombrio. Às vezes, as maiores descobertas não são sobre o que se encontra, mas sobre o que se tem a sabedoria — ou a sorte brutal — de enterrar de novo. E naquela noite, um geólogo obcecado, um soldado prático, um engenheiro leal e um meteorologista quieto aprenderam que o Ártico guarda mais do que gelo. Ele guarda silêncios que nunca deveriam ser quebrados.




