TexasGymJock and Florida Muscle Bottom fuck
 
						O ar no “Lone Star Iron”, em Houston, cheirava a suor honesto, cloro e whey protein. TexasGymJock, cujo nome real era Jake, era uma instituição naquele lugar. Com seus camisetas cortadas e um sotaque puxado que arrastava as vogais, ele era a personificação do espírito “cidade pequena, sonhos grandes”. Sua vida era um ciclo de treino, refeições pesadas e ajudar no negócio da família, uma churrascaria. Tudo era direto, forte, sem rodeios.
A calmaria do verão foi quebrada pela chegada de um forasteiro. Florida Muscle, ou Leo, como era conhecido em Miami, entrou na academia como um furacão de cores neon e energia solar. Usava roupas de treino vibrantes, falava rápido e ria com facilidade. Era um influencer do fitness, um homem cujo negócio era ser visto, cujo treino era um espetáculo.
O primeiro contato foi um choque de culturas.
— Aqui a gente levanta ferro, não a câmera do celular — Jake comentou secamente, vendo Leo se posicionar para um vídeo perto dos halteres.
— Relaxa, cowboy. Tudo é conteúdo. Até essa sua carranca photogénica — Leo retorquiu, com um sorriso largo que desafiava a luz fluorescente. — Quer entrar no frame?
Jake revirou os olhos, mas não conseguiu disfarçar um canto de sorriso. A audácia do cara era irritantemente cativante.
Os dias que se seguiram viraram uma estranha coreografia. Leo aparecia nos horários de Jake, insistindo em mostrar “técnicas avançadas” que envolviam mais coreografia do que peso. Jake, por sua vez, cedia e mostrava a Leo a arte crua do powerlifting, o foco em levantar o máximo, não em parecer bem ao fazê-lo.
Era o embate entre o substantivo e o verbo, entre a essência e a aparência. Jake falava de ganho sólido, de disciplina de aço. Leo falava de engajamento, de estética, da vida como um palco. Mas, nos intervalos, entre um set e outro, as defesas caíam. Jake descobria que por trás do influencer havia um cara que trabalhava três empregos para pagar a faculdade da irmã. Leo via, por trás do exterior rústico de Jake, um homem que cuidava da avó com uma paciência infinita.
A atração era um músculo sendo trabalhado até a falha — dolorido, mas viciante. Um começou a aparecer nos stories do outro, primeiro como piada, depois como presença constante. O outro começou a usar cores mais vivas, um toque da irreverência de Leo em seu mundo de preto e cinza.
O clímax aconteceu depois do treino, no estacionamento vazio, sob um céu cor de laranja queimado do Texas.
— Meus seguidores adoraram o vídeo do ‘gado raiz’ — Leo disse, se apoiando no capô do caminhão de Jake.
— Meus amigos na churrascaria acharam que você era… energético demais — Jake respondeu, encostando ao lado dele.
— E você? O que você achou?
Jake olhou para ele, a poeira do dia assentando sobre eles. A maquiagem de suor e esforço apagava as diferenças, deixando apenas a verdade crua do cansaço e da companhia.
— Achei que… faz falta um pouco de energia por aqui.
A distância entre eles, que era o comprimento de um halter, evaporou. O primeiro beijo teve o gosto de água com BCAA e o sal do suor. Foi áspero e suave: a barba de alguns dias de Jake contra a pele lisa e bronzeada de Leo; o algodão grosso de uma camiseta de time contra o dry-fit de neon.
Agora, a página do TexasGymJock tem um toque de Miami, com dicas de treino que são tanto sobre performance quanto sobre presença. E o feed do Florida Muscle ganhou uma solidez nova, um respeito pelo fundamento que só um “gado raiz” pôde ensinar. Eles descobriram que o amor é o melhor treino: uma série de repetições onde se aprende a ceder e a suportar o peso do outro, construindo algo mais forte, juntos.
 
				



