Tag teaming a Polish bloke in front of his boyfriend – Filip Jese, Lucas MBoy, Matt Polaco, XLTwunk

Lucas MBoy não dirigia apenas um táxi. Ele pilotava uma nave. Seu carro, um velho sedã batizado de “Cápsula Solitária”, cortava as veias noturnas da cidade enquanto ele sintonizava uma estação de rádio pirata chamada “Frequência X”. Seu passageiro frequente era Filip Jese, um escritor de ficção científica com bloqueio criativo e olheiras profundas. Filip usava o táxi como escritório móvel, murmurando diálogos alienígenas para um gravador, frustrado.
— Suas ideias estão muito na terra, Filip — disse Lucas, num raro momento de opinião, desviando de um buraco. — Você fala de wormholes, mas nunca viu o buraco na Avenida Principal depois da chuva. A verdadeira viagem no tempo é pegar esse desvio e chegar cinco anos no passado, quando essa rua ainda era segura.
Filip olhou para o motorista pelo retrovisor. Lucas MBoy tinha um conhecimento prático do universo, mapeado em rotas, desvios e os cantos onde o Wi-Fi era mais forte. Era um contrabandista de histórias reais.
Em uma dessas corridas, a “Cápsula Solitária” quebrou. Eles ficaram presos na frente do “XL Burger”, uma lanchonete futurista de aço cromado e neon, gerida pelo imponente XLTwunk, cujo sorriso era tão largo quanto seus ombros. Enquanto aguardavam o guincho, Filip teve sua epifania observando a coreografia perfeita dos cozinheiros na cozinha aberta, sob a luz roxa. Ali estava sua sociedade alienígena: eficiente, brilhante e que servia hambúrgueres duplos com bacon.
— Preciso de um consultor de realidade — disse Filip, de repente, para Lucas. — Alguém que me ancore para que minha ficção decole. Alguém que conheça o asfalto.
Lucas desligou o rádio. O silêncio dentro do carro parado foi mais profundo que o espaço.
— Eu conheço o asfalto — ele admitiu. — E conheço um cara que pode consertar mais do que carros.
Foi assim que conheceram Matt Polaco, o mecânico. Enquanto soldava uma peça com uma precisão cirúrgica, ele explicou a física da combustão para Filip como se fosse uma poesia épica de metal e fogo. Suas mãos, marcadas por graxa, criavam ordem a partir do caos.




