Starrytwunk fucks Joaquin Santana

O observatório no topo da colina era o reino de Joaquin Santana. Um santuário de cúpula branca, telescópios prateados apontados para o cosmos e o silêncio solene do espaço infinito. Como astrónomo, a vida de Joaquin era um catálogo de constelações, equações gravitacionais e a fria beleza de estrelas que morreram há milhões de anos. Ele se confortava com a sua distância, tanto celestial quanto emocional.

Starrytwunk não era um nome, era um fenómeno. Uma artista digital que projetava suas visões psicodélicas nas fachadas dos prédios da cidade. Seu mundo era de néons derretidos, planetas com rostos sorridentes, galáxias que espirravam cores como arco-íris explodidos. Ela não mapeava as estrelas; ela as sonhava.

Seus mundos colidiram numa noite de blackout. A energia da cidade falhou, mergulhando tudo na escuridão. A única luz veio do céu – um manto estrelado desobstruído pela poluição luminosa – e de um único prédio, onde a bateria de reserva do projetor de Starrytwunk mantinha uma de suas animações rodando: um urso de pelúcia cósmico nadando em uma nebulosa de algodão-doce.

Joaquin, cujo trabalho foi interrompido, saiu para a varanda do observatório. E viu. Aquele sonho digital, tolo e incrivelmente belo, dançando contra o verdadeiro fundo estrelado. Era uma afronta à sua ciência precisa. E era a coisa mais maravilhosa que ele já vira.