So Much Fucking Cum – Aldrick Papisito, SFBayStudMonkey

O mundo de Aldrick Papisito era um palco de concreto sob o sol californiano. Ele era um dançarino de rua em São Francisco, um furacão de movimento e energia. Seu corpo, adornado com tatuagens que contavam a história de sua herança salvadorenha, era seu instrumento. Nos cruzamentos da Mission District, com um boné virado para trás e um alto-falante portátil bombando salsa e hip-hop, ele transformava a calçada em um salão de baile. Sua fama era local, seu nome sussurrado com respeito: “Papisito”, um enfeite carinhoso que sua avó lhe dera. Ele vivia de gorjetas, aplausos e da adrenalina que vinha de fazer uma multidão parar para assistir.

SFBayStudMonkey era um fantasma no machine. Seu nome real era Simon, mas ninguém o chamava assim. Ele era um engenheiro de realidade virtual, um arquiteto de mundos digitais. Sua existência era um cubículo, fones de ouvido com cancelamento de ruído e linhas de código que criavam paisagens impossíveis. Seu sucesso era mensurável em pixels e contratos, sua fama confinada a fóruns online onde seu pseudônimo era lendário. Ele vivia de café, prazos e da satisfação silenciosa de resolver um problema complexo.

Seus caminhos se cruzaram no parque Dolores. Aldrick estava no meio de uma rotina intricada, suor brilhando em sua pele, atraindo um semicírculo de pessoas. Simon, arrastado para fora de seu apartamento por um colega, observava da sombra de uma árvore. Ele estava lá para “estudar interações humanas”, disse a si mesmo, mas seus olhos não viam a multidão; eles viam apenas Aldrick.

A maneira como o corpo de Aldrick desafiava a física, fundindo a elegância ancestral da salsa com a atitude crua do *break*, hipnotizou Simon. Era o caos, a imprevisibilidade que sua vida ordenada tanto carecia. Sem pensar, ele puxou seu tablet e começou a esboçar, seus dedos voando sobre a tela, não para escrever código, mas para capturar linhas de movimento, a curva de um braço, a torção do torso.