Silky Massage Fuck – IamRajxxx, Windom Gold

O sol da tarde dourava os cumes das montanhas do Vale do Silêncio quando os olhos de IamRajxxx encontraram os de Windom Gold pela primeira vez. Não foi um acidente; foi um reconhecimento.

IamRajxxx era um artesão de relógios de sol, um homem que media a passagem do tempo pela dança das sombras. Sua vida era silenciosa, meticulosa, previsível como o tique-taquear de seus próprios mecanismos. Ele acreditava que o universo era uma máquina perfeita, onde cada engrenagem tinha seu lugar.

Windom Gold era o oposto. Ela não tinha lugar fixo. Era uma fotógrafa nômade que capturava não a imagem, mas a alma dos lugares. Ela não tirava fotos de paisagens; tirava fotos do vento, da luz que morre no fim da tarde, do suspiro das florestas. Seu nome era bem escolhido: ela era como o vento (wind) e tudo o que tocava se transformava em ouro (gold).

Ele a encontrou no seu ponto favorito, uma colina onde havia instalado seu mais belo relógio de sol de pedra. Ela estava deitada na grama, a câmera apontada não para o horizonte, mas para um fio de teia de aranha, onde gotas de orvalho penduradas brilhavam como diamantes efêmeros.

“Você está perdida?” ele perguntou, sua voz soando áspera depois de tanto silêncio.

Windom baixou a câmera e olhou para ele. Seus olhos eram da cor do céu antes de uma tempestade. “Não. Estou exatamente onde preciso estar. Você é o guardião do tempo?”

“Eu o marco. Não o guardo.”

A partir daquele dia, Windom Gold começou a aparecer todos os fins de tarde. Ela não perturbava o silêncio de IamRajxxx; ela o preenchia com uma nova qualidade de quietude. Ela falava de lugares distantes, de sons e cheiros, e ele, que nunca saíra do vale, viajava através das suas palavras. Ele, por sua vez, mostrava a ela a beleza da constância, a poesia de uma sombra que regressa ao mesmo ponto todos os dias, a promessa silenciosa da rotina.

Ele era a âncora. Ela era a asa.