Shane Hall fucks Tobias (Tobbyass1)

A livraria “O Capítulo Esquecido” cheirava a papel envelhecido e café forte. Era o refúgio de Shane Hall, um lugar onde ele podia se esconder entre pilhas de clássicos e mundos fictícios, longe do barulho da sua própria mente. Ele era quieto, observador, e carregava uma melancolia suave nos olhos que contrastava com a warmth do ambiente.
Tobias, conhecido online como ‘Tobbyass1’, era o oposto. Ele entrava na livraria como um furacão de energia e riso alto, vestindo uma jaqueta de couro desgastada e um sorriso que parecia iluminar até a estante mais empoeirada. Ele era um artista de tattoo, e suas mãos, cobertas por tinta, pareciam sempre em movimento.
Seus caminhos se cruzaram na seção de poesia. Shane estava alcançando um livro de Rilke no alto da prateleira quando Tobias, distraído e correndo, esbarrou nele.
“Merda! Desculpa!”, Tobias exclamou, segurando Shane pelo braço para evitar que ele caísse. Seu toque era firme e quente.
“Tudo bem”, Shane murmurou, retirando o braço com uma timidez que imediatamente o irritou consigo mesmo.
Tobias não seguiu seu caminho. Em vez disso, seus olhos pousaram no livro que Shane agora segurava. “Rilke? Pesado.”
“É… reconfortante”, Shane encolheu os ombros.
“Prefiro Bukowski. Mais direto, sabe? Menos floreio.” Tobias riu, e o som era áspero, mas genuíno. “Eu sou Tobias.”
“Shane.”
Aquele encontro de trinta segundos deveria ter sido o fim. Mas na semana seguinte, Shane voltou à livraria, e Tobias estava lá, na mesma seção, folheando um livro de arte.
“Bukowski não deu hoje?”, Shane arriscou, surpreso por sua própria coragem.
Tobias ergueu os olhos, e um sorriso lento se abriu em seu rosto. “Shane, né? Estou expandindo meos horizontes.”
Eles começaram a se encontrar todas as quartas-feiras. Eram encontros acidentais que rapidamente se tornaram intencionais. Shane descobriu que por trás da fachada barulhenta de Tobias havia um homem profundamente leal e sensível, que usava a arte na pele para contar histórias de dor e superação. Tobias, por sua vez, viu a quietude de Shane não como fraqueza, mas como uma profundidade tranquila. Ele era a calmaria que Tobias nem sabia que precisava.
Uma noite, depois de caminhar pela cidade sob a chuva fina, eles pararam debaixo do toldo da livraria, já fechada.
“Você é diferente de todo mundo que eu conheço, Shane Hall”, Tobias disse, sua voz um sussurro rouco que se misturava com o som da chuva.
Shane olhou para ele, para as gotas de água escorrendo pelos cachos escuros de Tobias, e sentiu algo sólido e corajoso crescer em seu peito. O medo de ser muito, de sentir demais, simplesmente evaporou.
“E você, Tobias… é o barulho que minha vida precisava.”
Não houve hesitação. Tobias fechou a distância entre eles, e o beijo foi como a personalidade dele: um pouco desengonçado, totalmente impulsionado pelo sentimento, e incrivelmente quente. Saboroso a café e chuva.
Dentro da jaqueta de couro de Tobias, escondida no forro, havia uma tatuagem que ninguém via. Um pequeno verso de Rilke que Shane havia lido para ele uma vez: “*Tenha paciência com tudo que está sem solução no seu coração.*” Era o segredo mais doce de Tobias, uma promessa de que a calma de Shane agora vivia, literalmente, sob sua pele. E para Shane, o silêncio nunca mais foi solitão, mas sim um espaço cheio da presença confortante de Tobias.