Sebas and Buddy Burke fuck
A oficina mecânica “Burke’s Garage” era um reino de óleo, metal e suor. **Buddy Burke**, o dono, era um homem de poucas palavras e mãos hábeis, cuja vida era uma série de motores para consertar e contas para pagar. A tristeza era um peso constante em seus ombros, uma herança de um passado que ele não gostava de revisitar.
O sol daquela tarde iluminou a poeira suspensa no ar quando um carro esportivo antigo, enferrujado mas com linhas nobres, entrou guinando no pátio. Ao volante, estava **Sebas**. Ele era um contador, um homem de números e camisas planas, cujo mundo ordenado desmoronava a cada barulho estranho que seu carro fazia.
“Ela está morrendo”, Sebas anunciou, seus olhos wide com pânico.
Buddy deu uma olhada, seus olhos percorrendo as linhas do carro com um respeito que não estendia ao dono. “Tudo morre eventualmente. A questão é o que a gente faz com o tempo que resta.”
Era um encontro de opostos. Buddy, com suas mãos calejadas e jeito brusco, e Sebas, com sua calculadora no bolso e uma ansiedade palpável. Nos dias que se seguiram, enquanto Buddy mergulhava no coração do motor do carro, Sebas ficava por perto, fascinado não pelo conserto, mas pelo homem.
Ele via a paciência com que Buddy desmontava peças, a forma como sussurrava para o motor como se estivesse acalmando um animal assustado. E Buddy, por sua vez, começou a notar coisas sobre Sebas. A maneira precisa como anotava os gastos, sua tentativa desajeitada de ajudar, o jeito como seus olhos brilhavam quando o motor finalmente pegava, mesmo que por apenas alguns segundos.
O carro se tornou uma desculpa. Sebas inventava problemas, voltava para ajustes insignificantes. Buddy, que normalmente corria com os clientes, começou a oferecer café. As conversas, inicialmente focadas em carburadores e juntas, começaram a se ramificar. Sebas falava sobre a solidão de sua profissão, sobre como os números eram previsíveis, mas a vida não. Buddy, quebrando seu próprio código, contava fragmentos de sua história – um amor perdido, um sonho adiado.
O amor não chegou com um estrondo, mas com o som suave de uma chave de roda sendo apertada. Chegou quando Sebas apareceu num sábado com duas marmitas caseiras, “apenas para retribuir a paciência”. Chegou quando Buddy, sem pensar, limpou uma mancha de graxa no rosto de Sebas com o polegar, e o toque durou um segundo a mais do que o necessário.




