Sean Ford and Corey Taylor flip fuck

A estrada era um rio de asfalto sob um céu noturno infinito, cortando através de campos escuros de milho. Sean Ford estava acostumado à solidão dessas longas rotas de caminhão. Sua cabine era seu reino: o cheiro de café velho, o ronco constante do motor, e o sussurro estático do rádio-amador. Ele era um fantasma que movia a América, um homem de poucas palavras e muitos quilômetros.
Numa parada de caminhões perto de Des Moines, o destino—ou talvez um eixo quebrado—trouxe Corey Taylor para sua vida. Corey era um furacão de energia contida, um músico viajante com uma guitarra nas costas e um sorriso cansado, mas pronto, no rosto. Seu carro tinha morrido, e ele precisava de uma carona para o próximo show, a duas states de distância.
“Pode me chamar de Core,” ele disse, jogando sua mochila no chão da cabine. “E não se preocupa, eu sei ficar quieto.”
Sean apenas acenou, desconfiado. O espaço dele havia sido invadido por uma tempestade de conversas, acordes de guitarra abafados e o cheiro de café fresco que Core insistia em fazer num fogareiro minúsculo.
Corey era tudo que Sean não era: expansivo, emocional, cheio de histórias de palcos e pessoas. Mas, enquanto as milhas passavam, Sean descobriu que não se importava. As histórias de Core preenchiam o vazio que o rádio estático nunca conseguia. E Core, por sua vez, começou a apreciar o silêncio de Sean—não era vazio, era paz. Era a maneira calma como Sean dirigia, como consertava coisas com suas mãos largas e capazes, como oferecia um sanduíche sem precisar falar.
O amor deles não foi dramático. Não foi um solo de guitarra. Foi o *crescendo* suave de uma música country antiga no rádio. Aconteceu em paradas para abastecer, onde Core comprava duas xícaras de café sem perguntar. Aconteceu na maneira como Sean desviava ligeiramente da rota para deixar Core num ponto mais perto do seu show, sem que Core precisasse pedir.
Numa noite particularmente escura, em uma estrada secundária na Pennsylvania, o rádio-amador de Sean cuspiu uma voz distante procurando por companhia. Alguém perdido na mesma escuridão. Sean pegou o microfone e respondeu, sua voz rouca preenchendo a cabine. Ele trocou algumas palavras com o estranho—sobre o tempo, sobre a estrada.
Quando ele desligou, o silêncio voltou, mas agora era diferente. Core olhava para ele, e não havia pena em seus olhos, só uma compreensão profunda.
“Você fala com tantos estranhos,” Core disse, sua voz suave. “Mas passa dias quieto comigo.”
Sean manteve os olhos na estrada, suas mãos firmes no volante. O farol cortava a escuridão como um fio de prata.
“Com eles,” ele disse, a palavra saindo devagar, como se fosse pesada, “são só palavras.” Ele fez uma pausa, engolindo em seco. “Com você… não precisa ser.”