SC Manny and Me fuck
**Título: O Manual e o Furacão**
**SC Manny** era um especialista em controle de danos. Seu nome era sinônimo de ordem em meio ao caos. Empresas contratavam sua consultoria, “Structured Containment”, para conter vazamentos de dados, escândalos públicos e crises de qualquer natureza. Sua vida era um manual de procedimentos: metódico, previsível e seguro. Ele consertava o mundo, mas sua própria vida era um ambiente estéril, livre de surpresas.
**Me fu** (um pseudônimo que ele adotou com orgulho irônico) era um artista de *glitch art* e um hacker ético. Seu trabalho era encontrar as falhas nos sistemas, explorar as brechas e celebrar a beleza do erro. Sua arte era um turbilhão de pixels distorcidos, códigos quebrados e cores vazadas. Ele era o caos personificado, um furacão digital que acreditava que a verdadeira vida estava nos imprevistos.
Seus mundos colidiram durante o pior pesadelo profissional de Manny. Um de seus clientes mais importantes, um banco, sofreu um ataque cibernético massivo. Os sistemas travavam, dados confidenciais piscavam em telas públicas e o pânico se instalou. A equipe de Manny corria em círculos, seguindo manuais que pareciam ter sido escritos para um mundo que não existia mais.
Foi quando “Me fu” apareceu. Não como um invasor, mas como um espectro. Ele enviou uma mensagem direta para a conta corporativa de Manny: *”Seus firewalls são um convite. O problema não está no código, está na lógica. Quer uma solução ou quer parecer competente?”*
Manny, desesperado, respetuosamente irritado, aceitou o desafio. Seguiu as instruções enigmáticas de Me fu, que o levou a um servidor secreto, uma sala de chat criptografada. Lá, do outro lado da tela, estava o furacão.
Enquanto Manny geria as equipes, mantendo a fachada de controle, Me fu trabalhava nas sombras, usando métodos não ortodoxos e absolutamente proibidos pelo manual da SC. Ele não consertava o sistema; ele o redirecionava, criando atalhos e armadilhas para o invasor. Era como observar um gênio do mal (ou do bem) trabalhando.
A crise foi contida. De uma forma que Manny nunca poderia admitir publicamente. Ele se encontrou com Me fu em um bar discreto, esperando encontrar um adolescente rebelde. Encontrou um homem com olhos inteligentes e um sorriso que desafiava todas as regras de engajamento social.
“Você é um desastre andante,” Manny disse, sem conseguir disfarçar a admiração em sua voz.
“E você é uma máquina de vestir terno,” Me fu retrucou, brindando com sua cerveja. “Juntos, somos invencíveis.”
O amor entre eles não foi uma declaração, mas uma infecção de sistema. Me fu começou a encontrar brechas na vida pessoal perfeitamente estruturada de Manny. Deixava mensagens glitchadas em seu celular, instalava artes digitais absurdas como protetor de tela de seu laptop corporativo. Manny, por sua vez, tentou “conter” Me fu – criou um plano de negócios para sua arte, um cronograma financeiro. Era sua forma de cuidar.
Era uma guerra de linguagens. Manny oferecia estabilidade. Me fu oferecia liberdade. E, no meio do conflito, encontraram um equilíbrio impossível.
Numa noite, após Me fu quase ser preso por “testar a segurança” de uma prefeitura, Manny o encontrou em seu estúdio caótico. Em vez de dar um sermão, ele se sentou no chão, entre cabos e monitores piscando.
“Eu não consigo consertar você,” Manny admitiu, o manual finalmente fechado.
“E eu não quero quebrar você,” Me fu respondeu, sua voz mais suave do que nunca. “Só quero te mostrar que a melhor parte da vida não está no manual.”
Manny pegou a mão de Me fu, entrelaçando seus dedos impecáveis com os dedos cheios de anéis e tinta do artista. Era o caos e a ordem, encontrando uma harmonia própria. SC Manny havia encontrado a única falha no sistema que ele não queria consertar: a que havia deixado Me fu entrar em seu coração.




