Satisfying the Galician – Andr_Miilk and Deiviherman fuck
O apartamento de Andr_Miilk era um caos organizado de monitores, teclados RGB e notas autocolantes com linhas de código. O ar cheirava a café fresco e a plasticidade quente dos equipamentos de última geração. Era sua fortaleza digital, onde ele, um *streamer* de sucesso, construía universos para milhares de espectadores. Mas, naquela noite, o universo dele estava prestes a colapsar.
Uma atualização inesperada corrompeu o seu software de transmissão a minutos de começar um *stream* crucial. Andr_Miilk – o André do mundo real – estava à beira de um ataque de nervos, os dedos a voarem sobre o teclado em vão, quando uma mensagem brilhou no seu telemóvel, num grupo de apoio técnico.
“**Deiviherman**: Já tentaste reindexar a base de dados do OBS e forçar a reinicialização dos serviços através do CMD? Envio-te os comandos.”
A mensagem era de um tal de Deivi, um técnico de sistemas que ele mal conhecia, mas cuja competência era lendária nos círculos online. Seguindo as instruções precisas e calmamente enviadas por Deivi, o problema resolveu-se em cinco minutos. O *stream* salvou-se.
A gratidão de André transformou-se em curiosidade. Começaram a falar, primeiro sobre problemas técnicos, depois sobre música, e depois sobre tudo. As mensagens tornaram-se chamadas de voz, que se tornaram videochamadas que se prolongavam pela madrugada.
André descobriu que por trás do ecrã de Deivi – o David – havia um homem de sorriso fácil e uma paciência infinita, cujo mundo ordenado de servidores e firewalls era o oposto perfeito do seu caos criativo. David, por sua vez, descobriu que a persona extrovertida de Andr_Miilk escondia um homem sensível, inteligente e com um medo profundo de falhar que ressoava com o seu.
A atração cresceu nos fios de fibra ótica, um peso digital de mensagens não lidas e risos partilhados através de ecrãs. A coragem de André floresceu num convite.
“O meu setup novo chegou. A câmara 4K é um monstro. Queres… queres ser o primeiro a testá-la comigo? Do teu lado?”, perguntou André, o coração a bater forte.
“Do meu lado?”, David riu-se, um som quente que fez André sorrir. “Acho que sim.”
A primeira videochamada em 4K foi eletrizante. Foi como se, finalmente, se vissem verdadeiramente. As conversas fluíam como sempre, mas agora podiam captar a luz nos olhos um do outro, o rubor nas faces, a linguagem corporal que as mensagens de texto nunca poderiam transmitir.
O momento da verdade chegou depois de André ter tido um *stream* particularmente emocional, onde partilhou uma história pessoal difícil. David ficou no canal de voz, em silêncio, depois de todos se terem ido embora.
“Estás bem?”, a voz de David era um sussurro carregado de preocupação.
“Estou agora. Sabes, às vezes… às vezes só preciso de um ponto de apoio estável”, disse André, a voz trémula.
“Eu sei. E eu preciso de um pouco do teu caos”, David respondeu, suave. “André… posso… posso ir ter contigo?”
O encontro não foi num estúdio high-tech, mas à porta do prédio de André, sob a chuva. David segurava uma chávena de café exatamente como André gostava. O primeiro abraço não foi virtual; foi sólido, real, e cheirava a chuva e a terra molhada. O primeiro beijo foi uma colisão suave de dois mundos que, afinal, se encaixavam perfeitamente.
Os seus mundos fundiram-se. David trouxe ordem ao caos tecnológico de André, e André trouxe cor e espontaneidade à vida metódica de David. Descobriram que a conexão mais forte que alguma vez tinham construído não era entre um servidor e um cliente, mas entre dois corações que, no meio de tanto ruído digital, tinham encontrado um sinal claro e perfeito: o um do outro.




