Samy Dorgham and Daniel Osgood – Halloween fucking
O vento soprava folhas secas pela calçada da Rua das Acácias, carregando consigo o cheiro de outono e o peso de segredos antigos. Foi ali, em frente à livraria mofada “O Manuscrito Esquecido”, que Samy Dorgham e Daniel Osgood se viram frente a frente depois de vinte anos.
Samy, com seus olhos amendoados que herdara do avô libanês e as mãos marcadas pela argila de sua oficina de cerâmica, parou de repente. A pasta de couro desgastada quase escapou de seus dedos. Do outro lado da pilha de livros em promoção, Daniel ajustou os óculos de aro fino, seu sobretudo bege impecável contrastando com a simplicidade do casaco de Samy.
“Daniel?”, a voz de Samy saiu rouca, como se tivesse desenterrado uma memória pesada.
“Samy. Eu… não esperava.” Daniel Osgood, o renomado crítico literário cujas opiniões podiam lançar ou enterrar carreiras, pareceu, por um segundo, apenas um garoto assustado.




