Ryan Silveira fucks Nacho Newson again
O vento salgado do Algarve levou a última ficha de Ryan Silveira para o chão de terra batida do bar. Ele observou, com uma resignação que já lhe era familiar, o pequeno disco de plástico rolar e parar aos pés de um par de tênis coloridos.
Os tênis pertenciam a um homem com um sorriso tão amplo e solar que, por um segundo, Ryan jurou ter ofuscado a luz do pôr-do-sol.
“Parece que o azar adora companhia”, disse o estranho, sua voz um sotaque melódico que Ryan não conseguiu identificar. Ele pegou a ficha e a estendeu. “Nacho. Nacho Newson.”
“Ryan Silveira”, respondeu Ryan, aceitando a ficha e o aperto de mão firme. “E o azar não é minha companhia, é meu inquilino permanente.”
Ryan era um planejador. Um arquiteto cuja vida em Lisboa era uma série de cronogramas, orçamentos e expectativas. Esta viagem solitária ao sul era uma tentativa desesperada de encontrar um rumo após ser traído pelo sócio e ver seu projeto mais ambicioso ruir. Cada dia era uma batalha contra o cinza que teimava em colorir seu mundo.
Nacho era o oposto. Pintor e ourives argentino, era um nômade por opção. Ele não viajava para fugir, mas para se encontrar repetidas vezes em novos horizontes. Seu mundo era uma explosão de cores, das camisas estampadas que usava às histórias que contava sobre mercados em Marraquexe ou festas na Lua de Mel em Goa.




