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Russian twinks Robinsky and Ricky fuck bareback

São Petersburgo mantinha-se envolta no crepúsculo azul de junho, as noites brancas que pareciam suspender o tempo. No terraço minúsculo de um apartamento soviético, dois corpos se entrelaçavam como sombras graciosas.

Robinsky era pálido como a neve de janeiro, com cabelos da cor de trigo maduro e olhos que refletiam o céu crepuscular – um azul tão claro que parecia translúcido. Seus dedos, longos e ágeis, agora traçavam círculos suaves nas costas de Ricky. Ricky era a brasa que contrastava com a neve: cabelos castanhos revoltos, sardas pontilhando o nariz arrebitado e olhos verdes cheios de um calor que desafiava o frio residual da noite. Era compacto, energético, um *twink* de sorriso rápido e sarcástico.

Se conheceram em um clube decadente, um daqueles que tocavam synth-pop em porões com paredes descascadas. Ricky dançava como se estivesse brigando com o ar, desengonçado e cheio de paixão. Robinsky observava, encostado na parede, um espectro elegante e irônico.

“Você dança como um urso embriagado”, sussurrou Robinsky no seu ouvido, por cima da música.

“E você observa como uma garça faminta”, respondeu Ricky, ofegante, sem se ofender. “Vem cá me mostrar como se faz.”

Não foi um baile, mas um naufrágio mútuo. E naquela noite, no terraço, com a cidade suspensa entre o dia e a noite, o naufrágio se tornou porto.

“Meu anjo de porcelana”, murmurava Ricky, enterrando o rosto no pescoço de Robinsky, cujo cheiro era de sabão em pó e um pouco de tinta a óleo. Robinsky, o artista aspirante, que passava dias tentando capturar a luz impossível das noites brancas nas telas.

“Meu duende barulhento”, retribuía Robinsky, os lábios formando um sorriso raro e verdadeiro. Ricky, o estudante de literatura que decorava poemas de Akhmátova só para recitá-los de forma dramática e errada nos momentos mais inoportunos.

O amor deles era um conto de fadas urbano e desgastado. Passeios de mãos dadas pelos canais, fugindo dos olhares pesados; chá fervente em xícaras trincadas no apartamento minúsculo de Robinsky, cheio de telas viradas contra a parede; Ricky lendo em voz alta, enquanto Robinsky tentava desenhar a curva do seu lábio; festas barulhentas com amigos onde trocavam olhares secretos que eram continentes inteiros.

Havia a realidade, é claro. Chamadas familiares interrompidas, um silêncio pesado no telefone. Palavras como “desvio” e “fase” sussurradas em tom baixo. O medo constante, um frio na nuca que nem o verão conseguia dissipar. Mas no espaço entre eles, na cama estreita ou neste quadrado de concreto no alto da cidade, criavam um mundo à prova de tudo.

“O que você vê nessa luz?” Ricky perguntou uma vez, observando Robinsky obsessivamente misturar tintas brancas e azuis.

Robinsky baixou o pincel. Olhou não para a tela, mas para o rosto de Ricky, iluminado pela luz fantasmagórica.

“Vejo algo que não deveria existir. Algo tão bonito e efêmero que dói. Como nós.”

Ricky pegou sua mão, suja de tinta. “Nada efêmero, Robi. Só amor. Eles podem não dar um nome, mas nós damos. O nosso.”

Naquela noite no terraço, com o sol já se arrastando de volta sob o horizonte, pintando listas cor-de-rosa no céu, eles se beijaram. Era um beijo lento, profundo, que sabia a chá frio e a um futuro incerto. Um beijo que era um ato de resistência.

Dentro do bolso do casaco de Robinsky, duas passagens de trem para Tallinn tremulavam, uma promessa feita de papel. Um começo, talvez. Uma fuga, certamente.

E sob a noite que se recusava a escurecer, os dois *twinks* russos — um de neve, um de fogo — permaneceram entrelaçados, escrevendo a sua própria história, palavra por beijo, suspiro por toque, na pele um do outro. Era pequena, sua história. Cabia no espaço de um terraço. Mas era infinita. Era deles.

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